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Carveste suspende 200

2013-07-30

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Funcionários já requereram subsídio de desemprego e fábrica corre o risco de fechar.

"Tenho 22 anos de trabalho aqui. Mais de metade, vividos com esta turbulência. Agora, estou à beira do desemprego. Eu e a minha mulher. O futuro é sombrio, até porque as perspectivas de emprego, na região, são muito poucas". Era assim que um trabalhador da Carveste, em Caria, contava, ao final da manhã da passada quinta-feira, 25, aquilo que estava a viver no dia em que, à porta da fábrica de confecções, sediada no concelho de Belmonte, cerca de 200 trabalhadores se mostravam muito preocupados com o seu futuro, após a administração da empresa ter suspendido os contratos de trabalho.
Há mais de uma década que a Carveste tem enfrentado dificuldades. Já despediu, no passado, operários, já teve apoios especiais para recuperação da empresa, mas certo e verdade é que ao longo dos anos, as notícias de ordenados em atraso na confecção foram surgindo, de forma avulsa, e temporária. No mês passado, os trabalhadores pararam, um dia, exigindo o pagamento de salários em atraso. Após um acordo com a empresa para o pagamento, de forma faseada, do mês de Junho, voltaram a laborar. Na passada quarta-feira, 23, esperavam, tal como acordado, que o mês anterior fosse pago. Mas não foi. Voltaram a parar e no dia seguinte davam conta, à porta da fábrica, de que a empresa tinha suspendido todos os contratos de trabalho, alegando não ter dinheiro para pagar ordenados em atraso. Em causa o mês de Junho, subsídio de férias deste ano, metade do subsídio de férias de 2009…quando o mês de Julho está a chegar ao fim.
"Para mim há vários factores para tudo isto, mas o principal é má gestão" diz ao NC um operário. A seu lado, outra funcionária, com 24 anos de casa, partilha da mesma opinião. "Esbanjaram dinheiro à toa" atira, preocupada com o futuro das duas filhas, uma delas às portas da entrada para o Ensino Superior. "Era pouco, chegava atrasado, mas mesmo assim era dinheiro que ia chegando a casa" lamenta.
Segundo Marisa Tavares, delegada sindical da empresa, às funcionárias não foi dada qualquer justificação para o não pagamento de salários. "Depois, fomos surpreendidas com o anúncio da administração que quer avançar para a suspensão dos contratos".

(Reportagem completa na edição papel)



Autor
NC

Categoria
Secções Actualidade

Palavras-Chave
Funcionários / empresa / Carveste / fábrica / futuro / subsídio / atraso / pagamento / desemprego / contratos

Entidades
Esbanjaram / Marisa Tavares / Funcionários / Carveste / NC

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

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