Cinema ao ar livre alerta para falta de... cinema

2013-07-24

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O Partido Comunista projectou o clássico "Cinema Paraíso" em frente à sua sede. Uma iniciativa participada que pretendeu ser um acto "simbólico".

A uns foi a curiosidade que os trouxe. Ao ouvirem o barulho na rua, saíram de casa para ver o que se passava e ficaram a assistir. Houve quem tivesse tido conhecimento e deslocou-se propositadamente ao largo em frente à Igreja de Santa Maria. Outros são militantes do partido e quiseram estar presentes naquilo a que chamaram um alerta, mas foi também uma acção de campanha que juntou gente de todas as faixas etárias.
Na noite da última sexta-feira, 19, o cinema regressou à Covilhã, pela mão do Partido Comunista, que projectou ao ar livre o clássico italiano "Cinema Paraíso". Um gesto "simbólico", que pretende chamar a atenção para a ausência da "sétima arte" na Covilhã e um alerta de que "a cultura não é, nem pode ser, uma curva de oferta e de procura", salienta José Pinto, o candidato apoiado pelos comunistas à Câmara Municipal da Covilhã, na sessão que teve a adesão de várias dezenas de pessoas.
"O concelho precisa de outra dinâmica em termos culturais", acentua José Pinto, para quem é necessário "que se entenda cultura como algo de importante para a região, porque um país culto é um país desenvolvido".
O candidato sublinha que o partido, por si, não tem capacidade para o fazer, mas entende que a projecção regular de películas ao ar livre, durante o Verão, seria uma ideia que a autarquia poderia acolher e que pondera ter em consideração, caso seja eleito.
"A CDU sempre alertou para a necessidade de a Covilhã ter uma cultura abrangente", vinca José Pinto, que sublinha ter-se encontrado uma forma diferente de o fazer.
O candidato independente apoiado pelo PCP defende que alguns espaços podiam estar a ser explorados por privados e propõe, por exemplo, a criação de percursos pela cidade para "mostrar a riqueza arquitectónica e histórica".