Entrevista ao candidato da CDU à União de freguesias da cidade.
Quais as razões da sua candidatura?
A convicção e determinação, minha e da CDU, de que é indispensável uma gestão de esquerda baseada nos ideais do trabalho, honestidade e competência. Uma gestão transformadora, capaz de mobilizar os meios e recursos para esse efeito, combativa para defender os interesses das freguesias e da população contra a retirada de direitos levada a cabo pelo governo PSD/CDS, e reivindicativa, exigindo os meios e os investimentos adequados à resolução dos problemas. Uma gestão com uma dinâmica nova e uma visão integrada sobre o território, aspectos mais essenciais porque o PSD e o CDS, tendo por base o memorando da troika assinado pelo PS, impuseram a fusão destas freguesias.
É por isto e por todos aqueles que hoje são violentados na sua dignidade, enfrentam a falta de emprego, salários de miséria, as dificuldades no acesso à saúde, à habitação, à educação que assumimos esta candidatura e o compromisso de prosseguir a luta por uma vida digna e justiça social.
Quais as prioridades que elege?
A cada dia que passa mais pessoas são empurradas para empobrecimento e a exclusão. Perante esta tragédia, a nossa prioridade será a de intervir e utilizar todos os meios disponíveis para amenizar os gravíssimos problemas sociais e económicos, sem esquecer, como foi dito, o combate às políticas que os causam. Nesse sentido, o reforço da proximidade e da participação das pessoas na definição da(s)política(s) são aspectos cruciais para uma gestão democrática e para combater as maiores limitações de satisfação das necessidades e aspirações das populações decorrentes da extinção das freguesias. Assim, manteremos e reforçaremos todos os serviços prestados nas actuais instalações das juntas de freguesia apoiando a população. Cuidar dos espaços públicos como elementos identitários, promover e preservar as tradições e os elementos culturais das freguesias, a manutenção de uma política de apoio ao movimento associativo como pilares da coesão e inclusão sociais são outros objetivos.
Concorda com a agregação de freguesias que uniu as várias juntas da cidade ao Canhoso?
A CDU e os seus eleitos, ao contrário de outros, opuseram-se de forma coerente e frontal ao processo de agregação/extinção de freguesias, imposta pelo governo PSD/CDS, com a ajuda do PS, que inscreveu a liquidação de freguesias no pacto da troika e iniciou este processo no concelho de Lisboa. Sempre dissemos que não fomos eleitos para ser coveiros das freguesias. Trata-se de um autêntico "casamento à força", porque tudo isto foi feito contra a vontade das freguesias e populações. Um processo que representa um enorme empobrecimento democrático, mais isolamento, mais afastamento e desigualdades. É por isso que dizemos que em 29 de Setembro é preciso penalizar quem roubou as freguesias ao povo
Entrevista completa na edição papel
Autor
JA
Palavras-Chave
freguesias / CDU / CDS / União / PSD / gestão / Quais / Entrevista / Fael / processo
Entidades
Fael / CDU / PSD / CDS / PS
Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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