Linha da Beira Baixa é para concluir

2014-04-09

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Passou a ser uma das obras prioritárias do Governo. Autarca covilhanense desconfia e fala em "engodo eleitoral".
A finalização da requalificação da Linha da Beira Baixa, entre Guarda e Covilhã, é um dos 29 novos projectos que o Governo definiu como prioritário para apresentar a Bruxelas, no âmbito do programa de investimentos para os próximos oito anos.
Numa versão inicial, Portugal tinha 30 projectos considerados prioritários, nos quais não figurava a Linha da Beira Baixa, mas o alargamento para 59 fez com que esse troço passasse a figurar na lista a apresentar à União Europeia.
No caderno de obras prioritárias do Governo, pode ler-se que a conclusão do projecto de modernização da Linha da Beira Baixa permitirá "o fecho de malha e a redundância de rede, contribuindo não só para descongestionar a linha do Norte e linha da Beira Alta, bem como permitir canais alternativos ao tráfego internacional de mercadorias a partir das regiões da Grande Lisboa e Sul de Portugal". O Governo diz que assim se aumenta "significativamente a capacidade de ligação à fronteira de Vilar Formoso" e que consegue dar "resposta às necessidades de mobilidade de pessoas em toda esta região". Segundo o documento, a infraestrutura permitirá o cruzamento e circulação de comboios de mercadorias coim comprimento de 750 metros. Será avaliada a correcção de rampas e o projecto compreende a "electrificação e instalação de sinalização, controlo de velocidade e telecomunicações".
O investimento estimado é de 80 milhões de euros e a conclusão aponta para após 2016 e antes do fim do Quadro Comunitário de Apoio.
O plano estratégico para as infra-estruturas prioritárias já foi aprovado em Conselho de Ministros e contempla, no Interior, a consolidação da ligação ferroviária Porto/Aveiro/Vilar Formoso, a modernização da Linha da Beira Baixa e também a ligação da A25 à auto-estrada espanhola.
Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã e da CIM Beiras/Serra da Estrela, olha com desconfiança para este anúncio, que, diz, pode ser "engodo eleitoral".