A Banda do Paul completa esta quinta-feira, 30, dois séculos de existência.
David benze-se, tira o trompete do estojo aveludado e desce, nervoso, as escadas, para a audição onde vai mostrar o que já aprendeu na Escola de Música da Banda do Paul, frequentada por 14 crianças. Uns mais descontraídos que outros, todos denotam a responsabilidade de tocar para um auditório lotado. Há quem aperte exageradamente o bocal na mão, à espera da sua vez, quem fique estático a rever a pauta, quem fique irrequieto até ser chamado.
Na sala de ensaios, com as paredes forradas com caixas de ovos, para melhorar a insonorização, Santa Cecília em lugar de destaque, ao lado do quadro, e as estantes arrumadas a um canto, para dar lugar às cadeiras onde as famílias se sentam, os sons não saem ainda com fluidez, mas cada curta actuação é aplaudida efusivamente, num gesto de incentivo. As debilidades, as notas ao lado e alguns enganos são desvalorizados. O que importa, num sistema de ensino em que as crianças começam a mexer nos instrumentos ao mesmo tempo que aprendem solfejo, para não se saturarem, é acentuar a progressão já feita.
"É tão bom vê-los assim evoluir de uma audição para a outra", incita Cidália Barata, a presidente da instituição paulense que esta quinta-feira, 30, completa 200 anos. Ao olhar para os mais novos, a dirigente, que entrou para a banda aos 11 anos para aprender trompete, vislumbra a necessária renovação e vê a escola como "o garante" do futuro.
(Reportagem completa na edição papel)
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
Paul / música / David / Banda / escola / nervoso / benze-se / tira / desce / escadas
Entidades
David / Santa Cecília / Cidália Barata / Escola de Música da Banda do Paul / Banda do Paul
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