Estudantes estrangeiros elevam número de colocações.
A Universidade da Beira Interior (UBI) ultrapassou o número de vagas a concurso, em grande parte graças aos alunos estrangeiros que escolheram a Covilhã para estudar, sublinhou o reitor da instituição, António Fidalgo, durante a cerimónia da Abertura Solene do Ano Académico, realizada na passada quarta-feira, dia 7.
A atracção de candidatos internacionais é a solução para a previsível falta, em poucos anos, de alunos em Portugal a entrarem no ensino superior, na qual a UBI tem estado a trabalhar, com especial enfoque no Brasil, origem da maior comunidade de estudantes estrangeiros, e em Angola, embora todos os países lusófonos façam parte da estratégia de promoção da instituição.
António Fidalgo destaca a "elevada taxa de colocação de alunos". Mais que uma questão de financiamento, realça, "é uma garantia de que os cursos não fecham". Este ano, aos 1133 candidatos matriculados nas duas primeiras fases, juntaram-se mais 220, a maioria estrangeiros, que levaram a ultrapassar as 1240 vagas iniciais a concurso.
Maior envolvimento com as escolas da região
As razões apontadas para o aumento de inscrições na UBI são a chegada ao ensino superior dos primeiros alunos sujeitos à escolaridade obrigatória de 12 anos; aos exames nacionais mais fáceis e à retoma económica em Portugal, "ainda que tímida, deu novo ânimo aos jovens". Mas o reitor salienta também o trabalho feito pela instituição com as escolas secundárias da região, que envolveram alunos do ensino secundário em vários projectos. Um desses exemplos é a Academia Júnior de Ciências, iniciada há um ano, e António Fidalgo desafia outras faculdades a promoverem iniciativas semelhantes.
"A abundância de candidatos este ano ao ensino superior em Portugal não vai repetir-se por muito mais tempo", alerta o responsável máximo da UBI, vincando o motivo demográfico, que se começará a sentir com impacto "dentro de três a quatro anos". Daí a importância crescente na captação de alunos além-fronteiras, sobretudo no mundo lusófono.
Olhos postos em Angola
Este ano, um protocolo celebrado com o Instituto Nacional Angolano de Gestão de Bolsas de Estudo trouxe para a Covilhã 37 alunos angolanos, que se juntam à turma criada no âmbito de um acordo com o Instituto Superior Técnico de Angola. "A maneira como acolhermos e soubermos corresponder às expectativas destes alunos determinará a nossa capacidade de atrair no futuro mais jovens desse país", frisou o reitor, convicto de que a comunidade de estudantes angolanos "irá crescer agora todos os anos".
No discurso de abertura do ano lectivo António Fidalgo fez também referência à criação do Centro de Competências de Computação em Nuvem, com 1,5 milhão de euros no primeiro ano para o seu lançamento. "Queremos fazer parte da elite mundial na área do cloud computing", acentuou.
O início do funcionamento da intranet da UBI, com um conjunto de funcionalidades disponíveis, resultado do empenho na criação de uma estrutura unificada nos serviços informáticos, "visa não apenas uma simplificação técnica, mas tem também como objectivo último uma maior identificação dos membros da comunidade académica com a própria instituição", justifica o reitor.
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Categoria
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Actualidade
Palavras-Chave
UBI / alunos / Fidalgo / estrangeiros / António / Estudantes / Interior / Académico / Universidade / Beira
Entidades
António Fidalgo / UBI / Academia Júnior de Ciências / Instituto Superior Técnico de Angola / Universidade da Beira Interior
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