Japoneses querem vender minas

2015-05-20

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Grupo japonês quer desfazer-se da empresa "no menor prazo possível.

O grupo janonês Sojitz quer vender a empresa que explora as Minas da Panasqueira, revela ao Notícias da Covilhã Alfredo Franco, o administrador da Sojitz Betran Tin & Wolfram.
"O nosso accionista decidiu proceder à venda deste activo, desta empresa, no menor prazo possível. Decidiu, também, honrar os seus compromissos nesse aspecto - o pagamento de salários - durante esse período, desde que o mesmo seja razoável", acrescentou o administrador.
Em Março último a administração alertou para a possibilidade de a empresa suspender a actividade, devido às dificuldades que atravessa, motivadas pela baixa cotação do volfrâmio no mercado internacional. Na altura, Alfredo Franco disse só haver dinheiro para pagar salários até Junho caso a situação não melhorasse, mas a "nova atitude do accionista" vem alterar o que estava previsto.
Apesar da decisão da Sojitz, o risco de suspender a actividade "permanece", se a venda não for rápida ou não aparecerem interessados em ficar com a concessão das Minas da Panasqueira, localizadas na Barroca Grande, concelho da Covilhã.
"Caso o processo de venda não seja célere, ou de não haver interessados na aquisição da empresa, pode haver a necessidade de suspender a produção, até porque se estima que o APT baixe ainda mais até ao final do ano", pormenoriza Alfredo Franco.
O grupo japonês Sojitz Corporation comprou a Beralt Tin & Wolfram em 2007, por 50 milhões de dólares, segundo informou o presidente do Conselho de Administração da Beralt, em Março. Desde então, já investiu mais oito milhões e, de acordo com Alfredo Franco, o grupo nipónico sente-se "logrado" com a compra da concessão da mina.