Têxteis e lanifícios em recuperação

2015-07-01

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José Robalo, da ANIL, diz que existe uma recuperação no sector têxtil em geral e os lanifícios acompanham esse crescimento.

Existe uma recuperação no sector têxtil em geral e os lanifícios acompanham esse crescimento, embora a um ritmo mais moderado. Quem o afirma é José Robalo, presidente da Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL), que desde 2002 viu o sector mergulhar numa crise a que muitas empresas não sobreviveram.
Essa recuperação, que se começou a verificar em 2011, é mais acentuada nos têxteis. No ano passado a indústria exportou perto de cinco mil milhões de têxteis e os lanifícios quase 300 milhões. Há dois anos a indústria têxtil cresceu dez por cento e no ano passado oito por cento em relação ao ano anterior. No caso dos lanifícios, o aumento das exportações foi de três por cento. Um cenário que dá esperança aos empresários do sector, ainda que com cautelas.
"Há uma recuperação importante. Estamos a começar a atingir números que atingíamos em 2002. As empresas começaram lentamente a recuperar. Começa a haver alguma esperança que o mercado têxtil global cresça e que a indústria têxtil portuguesa consiga também uma fatia desse mercado", sublinha José Robalo, ao NC. "Em 2002 o têxtil exportou mais de cinco mil milhões e só este ano espera-se que esse valor venha a ser ultrapassado", reforça.
Segundo o presidente da ANIL, associação com sede na Covilhã, as confecções estão a trabalhar melhor, voltou-se a criar trabalho. Mas o dirigente pede cautelas e "nada de euforias", porque a situação económica na Europa não permite deixar ninguém descansado, realça. Se a situação se complicar, as repercussões far-se-ão sentir. Por exemplo no financiamento à indústria. "A tendência é para crescer mas em valores moderados, com os pés assentes na terra", antevê.

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