Dos aplausos nos estádios a sem-abrigo

2016-03-23

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Escurinho viveu dias de glória no Sporting da Covilhã, mas as voltas do destino levaram-no a viver os últimos nove meses na rua, sem um tecto. Um grupo de sócios dos "leões da serra" teve conhecimento do caso e trouxe-o para a Covilhã, onde estão a tentar condições para que volte a segurar as rédeas da sua vida.

Quando foi bicampeão brasileiro, pelo Internacional de Porto Alegre, quando era ovacionado pelas bolas paradas que pareciam teleguiadas em direcção ao fundo das redes, quando surpreendia com os golos de canto directo, ou quando festejou, no Estádio Santos Pinto, o regresso do Sporting da Covilhã à I Divisão, Escurinho, hoje com 62 anos, não imaginava que um dia a sua estrela se apagasse até perder quase todo o brilho.

A vida encarregou-se de conduzir Francisco Machado num percurso que o levou de jogador acarinhado, possante "trinco" admirado pela tribo do futebol, a mais um dos fantasmas que diariamente deambulam, sem rumo, pelas ruas de Lisboa. Apesar do porte, invisível aos olhos daqueles com quem se cruzava. Da atenção prestada aos ídolos, passou a saber o que significa a indiferença.

(Notícia completa na edição em papel)