Defendem fecho da maternidade da Covilhã.
A não deliberação do executivo acerca das maternidades da Beira Interior que funcionam abaixo do limite mínimo de partos está a mexer com os nervos dos médicos da Guarda que ameaçam retaliar, caso vejam a sua maternidade encerrada.
Face a esta situação, um grupo de 56 médicos da Guarda remeteu no passado dia 8 um abaixo-assinado ao primeiro-ministro José Sócrates exigindo uma tomada de posição acerca das três maternidades da Beira Interior: Guarda, Covilhã e Castelo Branco.
O facto de, no decorrer da legislatura terem sido encerradas todas as maternidades com menos de mil partos por ano e de, na Beira Interior se manterem as três activas, ainda que com apenas cerca de 400 partos por ano faz, segundo o abaixo-assinado "emergir a ideia de que o Governo se mostrou incapaz ou pouco interessado em assumir a responsabilidade política deste dossier".
Henrique Fernandes, oftalmologista da Unidade Local de Saúde da Guarda e primeiro subscritor do abaixo-assinado considera estas unidades "uma questão difícil do ponto de vista político" e que o Governo se recusa a tomar uma decisão com medo de eventuais retaliações dos médicos.
Deixar de receber os alunos da Faculdade de Medicina da Beira Interior caso o executivo encerre a maternidade da Guarda, é a decisão dos médicos que iniciaram este abaixo-assinado. "Se o hospital não tem condições para tratar doentes, também não tem condições para receber alunos" refere o clínico justificando que "a primeira função social dos médicos é tratar dos doentes".
Sabendo de antemão que a manutenção das três maternidades é incomportável e que o serviço prestado às populações acabaria por ser deficitário, os subscritores do documento solicitam ao primeiro-ministro que informe Henrique Fernandes, enquanto número um daquela lista, sobre qual a maternidade a encerrar, desejando conhecer a posição do executivo ainda antes das próximas eleições.
A melhor solução, sob o ponto de vista de Henrique Fernandes seria o encerramento da maternidade da Covilhã dado que a Faculdade de Medicina da Covilhã funciona como um "atractivo" que compensaria o encerramento daquela unidade.
Autor
Notícias da Covilhã
Palavras-Chave
Guarda / Covilhã / Beira / Interior / Médicos / maternidades / Defendem / Fernandes / abaixo-assinado / partos
Entidades
José Sócrates / Henrique Fernandes / Unidade Local de Saúde da Guarda / Médicos / Covilhã
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