Governadora civil, em declarações à RCB, defende que não existem especialistas para dua unidades.
Não há espaço para duas maternidades no distrito de Castelo Branco. Quem o diz é a governadora civil do distrito, Alzira Serrasqueiro, que em entrevista ao programa Flagrante Directo, da RCB, no último fim-de-semana, deixou o apelo aos responsáveis da ARS do Centro, Centro Hospitalar da Cova da Beira e Unidade de Saúde Local de Castelo Branco para que tomem uma decisão quanto a este assunto. "Eu penso que estes responsáveis têm que decidir rapidamente. Não é possível continuar a tapar o sol com a peneira sob pena de assistirmos a um retrocesso nos excelentes resultados que temos no que diz respeito aos números da mortalidade infantil" afirma a governadora.
Recorde-se que a intenção de encerrar maternidades na Beira Interior ainda vem do governo PSD e que esta mesma intenção se manteve na legislatura PS, já com José Sócrates como Primeiro-Ministro. Ficarem as da Guarda e Castelo Branco e encerrar a da Covilhã, ou centralizar os serviços na Cidade Neve foram algumas das hipóteses que se levantaram, mas que nunca se materializaram, dando asas a contestação não só entre a classe médica, mas também entre autarquias e classe política, tendo mesmo havido manifestações de rua contra essa intenção. Na Covilhã, o Pelourinho chegou a encher numa manifestação pacífica contra o possível encerramento da maternidade.
Mais recentemente, um grupo de 60 médicos do Hospital da Guarda enviou mesmo uma abaixo-assinado a José Sócrates, questionando-o sobre qual a decisão tomada e recordando que o Primeiro-Ministro que de ele tinha dito que a decisão seria tomada pelas administrações das três unidades hospitalares (Guarda, Covilhã e Castelo Branco). E pediram uma posição pública da ministra da Saúde, Ana Jorge, sobre este assunto. Na base dos possíveis encerramentos, o número de partos realizados abaixo do desejável.
Agora, Alzira Serrasqueiro volta ao tema e diz que, a bem da qualidade, "não é possível continuarem a funcionar duas maternidades no distrito, porque não há especialistas para isso". A governadora não diz qual deve encerrar mas considera que a decisão deve ser tomada de forma "desapaixonada e sem bairrismos". Para isso é preciso "primeiro vontade política, depois decisões tecnicamente correctas, e por fim complementaridade entre as unidades de saúde, porque se assim for, e se isso for explicado às populações que podem continuar a ser seguidas durante e após a gravidez nos centros de saúde ou hospitais da sua área de residência, as pessoas entendem".
Autor
Notícias da Covilhã
Palavras-Chave
Castelo / Alzira / Branco / RCB / distrito / Governadora / defende / Saúde / Guarda / Covilhã
Entidades
José Sócrates / Primeiro-Ministro / Ana Jorge / Alzira Serrasqueiro / Alzira
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