Ida para o edifício do Colégio Internacional abortada.
O Orfeão da Covilhã ponderou mudar de instalações para o edifício da Escola Internacional, onde funcionaria em salas alugadas, mas tal não vai acontecer para já, por as duas instituições não terem chegado a acordo quanto aos valores, justificou Barata Gomes, elemento da direcção da escola de artes.
As negociações decorreram nas últimas semanas entre o Orfeão e o grupo GPS, detentor do Colégio Internacional, a funcionar junto ao Complexo Desportivo da Covilhã, mas não se chegou a um entendimento por não ter sido possível um entendimento por valores que não pusessem em causa a estabilidade do Orfeão e Conservatório da Covilhã, actualmente com um número recorde de alunos.
A tempo inteiro, no primeiro ciclo, estão inscritas 120 crianças e no total, incluindo as do ensino integrado, que frequentam as aulas de dança e música, são mais de 500. "O Orfeão da Covilhã há dois anos que estava a rebentar pelas costuras", salienta Barata Gomes. Daí a ideia de mudar de instalações de sido vista com agrado. Uma possibilidade que só se concretizaria se todas as actividades fossem transferidas.
Na semana passada, após nova reunião com os responsáveis do grupo GPS, em Pombal, a intenção foi abandonada, de momento, embora o responsável pelo Orfeão deixe a porta aberta para no futuro as negociações serem retomadas. "O nosso grande activo são as crianças, temos cerca de 500", referiu Barata Gomes, para quem a mudança seria "um projecto interessante", na medida em que os alunos passariam a ter aulas num espaço mais moderno. Já o edifício da Escola Internacional, com instalações novas mas poucos alunos, "teria mais vida".
Segundo Barata Gomes, a GPS considera que as instalações valem mais que a quantia proposta pelo Orfeão. "E valem", sublinhou, só que a escola de artes entende não ser sensato pagar o valor pedido. "Nós fizemos as contas e chegámos à conclusão que não podíamos ir além disso".
Confrontados com essa possibilidade, Barata Gomes diz que teve várias reacções por parte dos pais. "Uns mostraram-se interessados na mudança, outros ficaram preocupados que se perdesse a mística, a identidade do Orfeão".
"Isto caiu muito em cima do ano lectivo", analisa o responsável do Orfeão, "poderia ter chegado a outro fim", acrescenta.
Com o aumento de alunos, a escassez de espaço é uma realidade. Por isso Barata Gomes adianta que a instituição está à procura de um espaço, nas proximidades do Orfeão, no centro da cidade, que possa ser alugado para utilização da escola. Outra situação de recurso passa por realizar algumas obras de requalificação, nomeadamente nos sanitários, salas e parque exterior.
Caso as negociações entre o Orfeão e a Escola Internacional tivessem chegado a bom porto, as duas instituições privadas de ensino da cidade deixariam de ser ofertas distintas. "Se fossemos para esta solução, deixaríamos de ser concorrentes", acrescentou Barata Gomes, sem no entanto adiantar em que moldes essa reestruturação seria feita.
O NC tentou obter declarações do grupo GPS, que não foram disponibilizadas em tempo útil.
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
Orfeão / Covilhã / Barata / Gomes / Internacional / Escola / Colégio / GPS / Ida / instalações
Entidades
Barata Gomes / Escola Internacional / Orfeão / Colégio Internacional / NC
Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original
Em 2011 a história pode ser diferente...
Dificuldades de negociação com proprietário na origem...