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Hospital central é uma luta para ganhar

2010-05-20

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Convicção do autarca Carlos Pinto.

"Precisamos de um hospital central e não é a figura de um governador civil que me vem conter nesta luta que abrimos e que vamos ganhar", disse Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, durante a Assembleia Municipal, realizada na última sexta-feira, 14, em resposta a Santinho Pacheco.

Nas comemorações do 25 de Abril o autarca manifestou o desejo de ver o Centro Hospitalar Cova da Beira (CHBB) ganhar o estatuto de unidade central. O socialista Carlos Casteleiro, na Assembleia Municipal, secundou essa ambição. "O CHCB tem hoje condições para ser um hospital central. É meritório o trabalho que tem sido feito. Em 2005 tinha um défice de 12 milhões, hoje a situação está praticamente estabilizada", sublinhou o deputado do PS.

Nelson Silva, também da bancada socialista, frisou que "o hospital central não é capricho de ninguém. Existe legitimidade para hoje o CHCB o ser".

"A Covilhã tem a Faculdade de Medicina, tem a centralidade, tem hoje uma dinâmica na prestação de cuidados de saúde sobre a qual eu não tenho dúvidas", referiu Carlos Pinto, que aproveitou para responder às críticas do Governador Civil da Guarda, Santinho Pacheco, que acusou o edil de se estar a pôr "em bicos de pés ao assumir a liderança do processo sem que para isso esteja legitimado", por entender que o tema deveria merecer o entendimento entre os agentes regionais.

Para Carlos Pinto, Santinho Pacheco "confunde um lugar de nomeação com um lugar de eleição". "São os olheiros do Governo e, sem qualquer elegibilidade electiva, vêm dizer a um presidente de Câmara que a expressão política que ele tem em representação do povo é estar em bicos de pés. Que parolice esta!".

"Senti pena do senhor governador civil da Guarda por ter tentado responder-me nos termos em que o fez. Uma falta de nível, como se eu estivesse a exorbitar e ele estivesse dentro das suas competências", acrescentou.

Carlos Pinto entende que este tipo de postura pode contribuir para que "qualquer dia, ninguém se levante à passagem deles", por "não saberem o lugar que ocupam".

"Não há nenhum Governo que tenha a coragem de dizer que a existência da entidade institucional [governos civil] é ridícula", acentuou o autarca, que ao longo dos anos tem defendido a extinção destes organismos.




Autor
Ana Ribeiro Rodrigues

Categoria
Secções Actualidade

Palavras-Chave
Carlos / Pinto / central / luta / Precisamos / Convicção / Municipal / ganhar / Hospital / Assembleia

Entidades
Carlos Pinto / Santinho Pacheco / Carlos Casteleiro / CHCB / Nelson Silva

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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