Alegre defende regionalização

2010-12-15

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Na UBI, candidato presidencial recusou falar nas portagens na A23.

Manuel Alegre entende que não se deve pronunciar sobre a introdução de portagens nas auto-estradas sem custos para o utilizador. "O lugar para discutir isso é no parlamento", referiu na passada quinta-feira, 5, o candidato à Presidência da República apoiado pelo Partido Socialista e pelo Bloco de Esquerda, numa visita à Universidade da Beira Interior, na Covilhã, para participar no ciclo de conferências "Presidenciais 2011 – Os Candidatos em Discurso Directo".
Questionado sobre os problemas da interioridade e o fim anunciado da SCUT na Auto-Estrada da Beira Interior, Manuel Alegre preferiu não dar a sua opinião. "Sobre medidas de carácter executivo não me vou pronunciar", justificou.
Para combater as assimetrias verificadas no País o candidato acredita que a solução passa pela regionalização. "É um imperativo democrático e nacional", frisou. Uma medida sobre a qual teve dúvidas aquando do referendo, mas que agora considera o modelo a seguir. "Estou convencido de que a regionalização é o único caminho para um outro projecto para o País", sublinhou, para de imediato dar o exemplo das autonomias espanholas, que vê como o motor de desenvolvimento de regiões do interior espanhol que agora se tornaram competitivas. Alegre preconizou ainda benefícios fiscais para quem investe no Interior.
Perante uma plateia de estudantes, o candidato presidencial mostrou-se preocupado com as "condições de precariedade da juventude" e exortou os jovens à rebeldia, a rebelarem-se contra as perspectivas de um futuro sem rumo e apelou ao "inconformismo".
Manuel Alegre defende a aposta no "ensino de qualidade, integral", considera não existirem licenciados a mais, antes uma mentalidade empresarial que não se adaptou a uma maior qualificação e que é necessário mudar. "Há muita gente que continua a apostar numa mão-de-obra desqualificada", censurou.

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