Sporting da Covilhã vence Carregado

2010-03-07

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O Sporting da Covilhã bateu este domingo, em casa, o Carregado por 1-0. Um golo de Pimenta. Contudo, os serranos ainda estão na zona de descida.

A jogar quase toda a partida com mais um elemento, o medo de perder foi superior à vontade de construir um resultado mais tranquilo, o que levou o Sporting da Covilhã a conseguir os almejados três pontos, mas a ser encostado às cordas e a sofrer até ao apito final.

Os serranos acabaram por vencer na tarde chuvosa e fria do último domingo o Carregado, cada vez mais último, com um golo solitário de Pimenta aos 42 minutos, que antes já tinha acertado na barra. Apesar da vitória, os Leões da Serra mantêm o penúltimo lugar, agora em igualdade pontual com o Chaves, já que os mais directos adversários também ganharam. Finda a 22ª jornada, há sete equipas, entre o nono e o 15º lugares, separados apenas por dois pontos.

Frente ao último classificado da Liga de Honra de futebol, o Sporting da Covilhã instalou-se durante quase toda a primeira parte no meio campo forasteiro, dando a entender que queria decidir o jogo cedo. Nos primeiros 20 minutos, o domínio foi mesmo avassalador, mas faltou discernimento para estruturar jogadas que permitissem chegar aos golos.

A exercer pressão alta, e com ataques sucessivos, os serranos estiveram perto do golo aos dez minutos, já a jogar contra dez. Monteiro isolou-se e, à entrada da área, foi ceifado, com uma entrada por trás de pés juntos por parte de Sérgio Nunes, que viu o cartão vermelho directo.

Na conversão do livre Pimenta atirou forte à barra e a bola tabelou junto à linha de golo. A partir desse momento, os Leões da Serra continuaram a manter a posse de bola, mas sem criar reais ocasiões de golo. Aos 27 minutos foi o Carregado quem assustou, por Dionísio, que obrigou Igor a sair dos postes e a resolver. Pouco depois por intermédio de Rente, que no coração da área cabeceou e fez o guardião Igor esticar-se para sacudir a bola com a ponta dos dedos. Quando estavam jogados 42 minutos Pimenta inaugurou o marcador, num ressalto, após subida de Machado pela esquerda, Monteiro insistiu, o guarda-redes Thiago não apanhou a bola à primeira e Pimenta, em zona frontal, rematou para o único golo da partida.

Superioridade numérica não se notou em campo

No regresso do descanso o Carregado subiu no terreno e apostou num futebol directo, na bola para a frente num terreno muito pesado devido à chuva insistente. Apesar da superioridade numérica, na segunda metade a falta de um jogador na equipa visitante não se notou em campo. A partida passou a ser equilibrada, sem no entanto se conseguirem criar ocasiões flagrantes de golo.

Pimenta, novamente o extremo, ao minuto 48 desperdiçou a oportunidade de dilatar o marcador. Já dentro da área, enquadrado com a baliza, hesitou no remate e quando passou a bola para a direita a jogada acabou por se perder.

Alberto, apagado, deu lugar ao veterano Basílio, que na última jornada cumpriu um jogo de castigo. Mais tarde Paulo Gomes renderia Monteiro. Mas as mudanças não produziram grandes melhorias na equipa.

Com um Sporting da Covilhã desatento, lento e em algumas jogadas pouco perspicaz, o Carregado terminou o jogo a pressionar até ao apito final, em busca da igualdade, obrigando à interferência do guarda-redes Igor, que conseguiu assegurar os três pontos para os serranos.

No final da partida o técnico, Nicolau Vaqueiro, reconhecia a falta de tranquilidade da equipa a jogar em casa e atribuiu o que se passou em campo à "inoperância de alguns jogadores que não estiveram nos níveis normais". "Não estou satisfeito", admitiu o treinador, que no entanto valorizou o facto de a baliza não ter sido violada. "Até que enfim não sofremos nenhum golo. É um bom sintoma. Era um estigma desta equipa, sofrer muitos golos".

Vaqueiro sente o conjunto que orienta num "trajecto positivo". "A gente sabe que vai ter de sofrer até ao fim", realça. No próximo domingo os serranos deslocam-se ao reduto do Desportivo das Aves, sexto classificado.