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Tempos de festa

2010-06-30

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Devia ser sempre Junho. O mês de Junho, sim; festas para todos os gostos e feitios.

Gostaria de escrever esta crónica apenas na terça-feira à noite para dar largas à vitória de Portugal sobre os nossos vizinhos espanhóis, mas tive um certo receio e não vá o diabo tecê-las, em vez de vitória não venha aí um vale de lágrimas com culpas para a deficiência dos ares da Covilhã na preparação dos nossos atletas. Por isso foi mais seguro deixar já o compromisso satisfeito e o resto logo se verá.

Devia ser sempre Junho. O mês de Junho, sim; festas para todos os gostos e feitios. Arraiais com música para ser ouvida bem longe, misturada com sardinhas e carapaus a bailar no prato, à mistura com cheirinho a frango e outras especialidades na brasa, a que não faltam as deliciosas sobremesas. Um mês prendado. E de tal modo assim tem sido que os ecos da crise parecem não se notar por aí além com excepção do que diz respeito às SCUTs e encerramento de algumas escolas, o que já não é pouco e dói imenso.

Na nossa cidade desfilaram autarquias e colectividades, mas lá vai o tempo em que as exibições eram ao som de marchas com honras a São João e com o Estádio Santos Pinto apinhado de pessoal. Eram momentos para pôr à prova um trabalho dedicado de não sei quantos meses com envolvimento de muita gente que não queria ficar mal vista no desfile e posterior exibição. A um júri cabia a árdua tarefa de classificar os concorrentes. Abandonou-se esse figurino e passou-se apenas para a passagem de modelos entre o Campo das Festas e Pelourinho a que não faltam também os naturais admiradores.

As bandas filarmónicas quiseram associar-se também às festividades de Junho e, não ficará mal se, mais uma vez, disser que elas são resultado de um trabalho contínuo que muitas vezes desconhecemos e só valorizamos quando, passando por determinadas mordomias, nos vemos na necessidade de procurar uma banda para abrilhantar festividades. Na altura em que televisores e discotecas são tentação constante, motivar jovens e mantê-los interessados e responsáveis, não parece ser tarefa fácil. Honras sejam feitas àqueles que ainda são capazes de manter de pé as estruturas e o desafio musical que só o domínio técnico de um instrumento está em condições de poder dar.

Este ano também a Paróquia de São José, nos Penedos Altos, não quis ficar atrás e meteu mãos à obra, numa noitada memorável com arraial, destinado a angariar fundos para suporte de despesas com obras da Igreja.

Mas não iremos ficar por aqui. Nas imediações do Complexo Desportivo da Cidade já se perfilam estruturas para mais um São Tiago. Venha ele, que Junho já nos deu oportunidades suficientes de treino. Agora é preciso dar continuidade aos desafios.



Autor
Sérgio Gaspar Saraiva

Categoria
Opinião

Palavras-Chave
Junho / festas / Devia / vitória / ficar / gostos / feitios / Gostaria / Portugal / Covilhã

Entidades
Gostaria / São João / São Tiago / Igreja / Portugal

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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