Três assistentes sociais e uma professora tiveram que ser evacuadas pela GNR após ameaças da população. Iam buscar duas crianças identificadas por queixas de maus tratos e abandono.

A GNR da Covilhã retirou na passada segunda-feira, 15, da aldeia de Verdelhos, três assistentes sociais e uma professora, depois de terem sido ameaçadas pela população. As assistentes, ligadas à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Covilhã e à Casa do Menino Jesus, chegaram à aldeia pelas 13 horas e 30 para encaminhar para a instituição duas filhas de uma residente, com 4 e 7 anos, na sequência de queixas por maus tratos e abandono. "De um momento para o outro e já depois de ter assinado o acordo para a saída das crianças, a mãe impediu que as levassem e começou a gritar porque lhe iam levar as meninas", descreveu João Sousa, comandante da GNR da Covilhã.

A população acudiu à residente, após os sinos terem tocado a rebate, e as funcionárias tiveram que se abrigar num centro social a chamarem a GNR, sob ameaças. Também uma auxiliar das crianças e uma professora terão sido alvo de ameaças, sendo que esta última também foi escoltada pela GNR, referiu o comandante daquela força.

No local estiveram "entre 50 a 60 residentes", sendo que a GNR mobilizou 13 militares e cinco viaturas para a ocorrência. A presença do presidente da Junta de Freguesia "foi necessária" para explicar o que se passava e acalmar os ânimos, sublinha João Sousa: "as pessoas insurgiram-se nem sabiam bem o que estava por detrás da situação". Entretanto, foi acordado que as crianças ficariam ao cuidado "de uma família idónea em Verdelhos" que se ofereceu para cuidar delas, conclui.

Autor
NC

Categoria
Secções › Actualidade

Palavras-Chave
GNR / crianças / Verdelhos / Covilhã / assistentes / professora / população / sociais / Sousa / João

Entidades
Iam / João Sousa / GNR / Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Covilhã / GNR da Covilhã

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