Carlos Pinto quer hospital central

2010-04-28

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Exigência do autarca nas comemorações de Abril.

O presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Carlos Pinto, quer que o Governo dê ao hospital da cidade o estatuto de central. Essa foi uma das medidas "exigidas" pelo autarca no último domingo, durante as comemorações do 25 de Abril, que este ano decorreram na Coutada.

"De que é que o Governo está à espera para criar um hospital central? Está à espera de não desagradar às câmaras socialistas da Guarda e Castelo Branco?", questionou o autarca, que voltou a lamentar o impasse de projectos como a nova barragem, a variante à serra, a zona de jogo e a ligação a Coimbra.

Abordado sobre a pretensão de Carlos Pinto, João Casteleiro, administrador do Centro Hospitalar Cova da Beira, mostrou-se satisfeito com a preocupação do autarca com a área da saúde. "É bom ter presidentes reivindicativos", referiu o cirurgião.

João Casteleiro acentuou que as unidades que dirige devem ser reconhecidas, nomeadamente na sua vertente de hospital universitário. Se o Centro Hospitalar Cova da Beira, que engloba os hospitais do Fundão e Covilhã, passasse a central, teria acesso a mais verbas e evitaria a deslocação de alguns doentes que têm de fazer alguns tratamentos noutras zonas do País. Mas acentua que essa é uma decisão "política".

Durante o discurso nas cerimónias comemorativas do 25 de Abril Carlos Pinto lamentou que nenhum dos projectos candidatados ao Programa Operacional de Valorização do Território para o concelho tenha sido ainda aprovado e fez referência "ao fracasso das ajudas comunitárias", devido aos atrasos na implementação do Quadro de Referência Estratégico Nacional.

Carlos Pinto sublinhou ainda que se no concelho não há actualmente mais 2500 postos de trabalho qualificado criados, relacionados com os projectos por aprovar, por a autarquia "não ter o cartão do partido", a responsabilidade é do Governo.