Pinho revela torturas da PIDE

2010-11-04

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Em livro a apresentar no dia 12.

"Este livro é baseado em factos reais. Todavia, alguns nomes, por decisão do autor, não correspondem à realidade." É assim que José António Pinho, na nota introdutória do seu livro, resguarda algumas das personagens que fazem parte da obra "A estátua- a tortura preferida da P.I.D.E". Uma obra que apresenta no próximo dia 12, pelas 21 horas e 30, no Teatro-Cine.

José António Pinho, um covilhanense sobretudo associado ao desporto, nomeadamente ao papel que teve no esqui, quer em termos regionais quer em termos nacionais, aventura-se na escrita com um livro sobre um tema quente. "Passados tantos e tantos anos, entendo que é fundamental conhecer melhor o lado, que se tem pretendido esconder, do chamado " Estado Novo " de Salazar: a opressão, a tortura, o Estado policial – a PIDE - marcas de um regime fascista decalcado dos regimes ditatoriais de Mussolini e Hitler" explica na nota introdutória da obra. Pinho diz também que acredita que o futuro " se constrói no conhecimento do nosso passado e na lucidez de analisar o presente. A nossa identidade pessoal e colectiva, é, assim, fruto do que fomos, do que somos e do que queremos ser."

O covilhanense diz ainda que "em nome da democracia, do socialismo e das suas três palavras mágicas (Liberdade, igualdade e fraternidade) escrevi as palavras que se seguem, que se alicerçam em esperança, amor e em lágrimas de sangue. Na convicção de prestar uma singela homenagem a todos aqueles que, sem nome, viveram e lutaram por sonhos de liberdade em tempos de noite permanente, espero poder contribuir para que todos possamos viver livres e que no respeito pela diferença sejamos capazes de construir uma sociedade justa e plena de felicidade".

A apresentação da obra está a cargo do escritor covilhanense Manuel da Silva Ramos.