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Mais de 100 empresas encerraram em três anos

2010-04-28

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No distrito de Castelo Branco.
Foram 128 as empresas que, nos últimos três anos, encerraram no distrito de Castelo Branco. Os números fazem parte de um estudo sobre insolvências do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da UBI e mostram que o número de insolvências de empresas no distrito de Castelo Branco cresceu nos últimos três anos. Em 2007, foram 24 as empresas do distrito em insolvência. No ano seguinte, foram 35 e em 2009 o número cresceu até aos 59. Este ano, até 17 Abril, pode estar a ocorrer "um abrandamento deste ritmo de insolvências", frisa o estudo, que diz estar a haver, em concreto no distrito, uma "desaceleração" fruto de alguma recuperação da actividade económica ou de factores conjunturais.

Nesta compilação, observação e comparação dos dados disponíveis acerca da insolvência de empresas em Portugal, o estudo da UBI diz que, em termos relativos, por exemplo em 2008 e 2009, os maiores aumentos de encerramento de empresas registam-se nos Açores e em diversos distritos do Interior do País, entre eles Castelo Branco, o que para o director do observatório da UBI, é tanto mais preocupante quanto é sabido que "nestas regiões existem relativamente poucas empresas e se estas encerram ficam os espaços disponíveis para coutadas de caça." De acordo com o estudo, mesmo nos primeiros meses deste ano continua a verificar-se este fenómeno dado que os maiores acréscimos de insolvência de empresas localizam-se sobretudo na Guarda (mais 12,5 por cento face a igual período do ano passado), a par de Beja, Évora e Portalegre. No distrito de Castelo Branco. houve uma redução mas que "pode ser conjuntural" refere Pires Manso.

Os sectores que mais têm sido atingidos, no Interior são os do comércio por grosso e sobretudo a retalho (o denominado comércio tradicional), o imobiliário e o da construção – o primeiro a dar sinais de crise – o sector têxtil e o da confecção de artigos de vestuário, sector agrícola e florestal, entre outros como a reparação automóvel e a restauração. Quanto às causas, têm sobretudo a ver, diz Pires Manso, com a crise financeira, a crise do subprime e imobiliário, a globalização (liberalização de entrada de material chinês e indiano tem afectado sobretudo os têxteis), a abertura e proliferação de grandes superfícies (que tem mexido com o comércio tradicional) e a Política Agrícola Comum. A verdade é que, diz Pires Manso, estes sectores mais tradicionais, que predominam em zonas do Interior, em distritos como Castelo Branco, Guarda, Portalegre e Viseu, e estes dados acabam por ser "preocupantes para estas regiões com uma economia já de si debilitada".



Autor
Notícias da Covilhã

Categoria
Secções Centrais

Palavras-Chave
Castelo / empresas / Branco / distrito / encerraram / UBI / Manso / estudo / Pires / insolvências

Entidades
Pires Manso / Desenvolvimento Económico e Social da UBI / Abril / UBI / Política Agrícola Comum

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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