Em 2010.
A diminuir, mas apesar de tudo, com números ainda preocupantes. Foi assim, em 2010, o número de pedidos de insolvências de empresas na Beira Interior, que apesar de ainda ser de alguma monta é menor que em 2009.
No País, segundo dados do Instituto Informador Comercial, foram quase quatro mil (três mil 983) as empresas que encerraram portas em 2010, um número que mostra um crescimento de 8,29 por cento em relação ao ano anterior, em que tinham pedido insolvência três mil 678 empresas. Já em 2008, tinham "falido" duas mil 795, ou seja, menos mil 188 empresas que no ano passado.
Do total nacional, mais de mil destas empresas insolventes situavam-se no Porto e 800 em Lisboa. Em termos percentuais, quem mais sofreu foram os distritos de Beja, Faro, Portalegre e os Açores, que registaram os maiores aumentos nos pedidos de insolvência. Destaque para Portalegre, que de um ano para o outro registou um aumento de 86 por cento, passando 15 empresas fechadas (2009) para 28 (2010).
Fazendo uma análise aos dados do Instituto, é em toda a faixa interior do País que menos empresas fecharam também pelo facto de ser aqui que existem menos, ao contrário do Litoral muito industrializado. Nos distritos mais "dentro" de Portugal, Viseu e Castelo Branco foram aqueles que mais sofreram com as insolvências, 94 no caso viseense e 46 no caso albicastrense. Na Beira Interior, no total, fecharam em 2010 66 empresas (20 na Guarda e 46 em Castelo Branco), números que situam estes distritos entre aqueles que menos insolvências tiveram, a par de Vila Real, Bragança e Beja. Em termos percentuais, na Beira, até se assiste a uma diminuição comparativamente a anos anteriores. Se em 2010 cerca de cinco empresas fecharam, por mês, na região, em 2009 isso ainda foi pior, já que no total encerraram 89 empresas nos dois distritos. A Guarda, nos últimos três anos, passou de 28 empresas fechadas em 2008, para as 30 de 2009 e 20 no ano passado. Já Castelo Branco passou de 35 (2008) para 59 (2009) e 46 no ano passado. De 2010 para 2009, no distrito albicastrense houve um decréscimo de 22,03 por cento nos pedidos de insolvência e na Guarda uma diminuição de 33,33 por cento.
Construção e imobiliária muito afectados
O boom de insolvências, no ano passado, registou-se sobretudo na agricultura. Mas em termos de peso para o emprego, foi sem dúvida na construção e no sector imobiliário que o encerramento de actividades fez mais mossa. Aí, em Portugal, no total, fecharam portas mais de mil empresas.
Curiosamente, sectores que são quase sempre referenciados como de risco para a Beira Interior tiveram um bom comportamento em 2010. As indústrias do têxteis e vestuário registaram menos pedidos de insolvência que no ano anterior, com reduções de 28 por cento (têxtil) e 9,41 por cento (vestuário).
Autor
João Alves
Palavras-Chave
empresas / Beira / Interior / fecharam / pedidos / insolvências / Castelo / Branco / passado / Guarda
Entidades
Instituto Informador Comercial / Beira Interior / País / Porto / Lisboa
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