Distrito mais seguro

2011-04-27

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Criminalidade baixa em Castelo Branco.
Um subiu, o outro desceu. Foi assim o comportamento dos distritos da Guarda e Castelo Branco no Relatório Anual de Segurança Interna de 2010, divulgado há pouco tempo pelo Ministério da Administração Interna e que revela, em termos gerais mostra um aumento da criminalidade violenta grave.
No que toca aos dois distritos da Beira Interior, o comportamento foi diferente. Em Castelo Branco, em 2009, as forças policiais (PSP e GNR) receberam seis mil e 91 participações, um número que baixou para as cinco mil 704 em 2010 (menos 387 participações, ou seja, menos 6,4 por cento). Já na Guarda, o fenómeno foi inverso. Em 2009 as forças policiais tinham recebido três mil 996 queixas, um número que no ano passado aumentou para quatro mil e 61 (mais 65 participações, um aumento de 1,6 por cento).
Em Castelo Branco, segundo o comandante distrital da GNR, Hélder Almeida, a criminalidade tem diminuído bem como a sinistralidade rodoviária. Segundo o coronel, que revelou estes dados no final de Março, durante as comemorações do Dia do Comando, apesar das restrições orçamentais e da diminuição de efectivos, "foi possível diminuir o nível global da criminalidade e sinistralidade rodoviária", destacando-se a redução do número de crimes contra o património, onde prevalece o pequeno furto.
Segundo o Relatório do MAI, em 2010, GNR, PSP e PS registaram 413 mil e 600 participações (menos 0,6 por cento que em 2009), com especial enfoque em furtos (mais de 41 mil ocorrências) e furtos de veículos motorizados (mais de 41 mil ocorrências). As ofensas à integridade física, os furtos em residências e a violência conjugal são os outros crimes com mais ocorrências sendo o fogo posto em floresta aquele que menos participações teve, cerca de seis mil e 700. Sendo assim, os crimes contra o património são aqueles que mais participações reúnem (cerca de 223 mil registos), ou seja, responsáveis por 54,1 por cento da criminalidade participada. Os crimes contra as pessoas são a segunda categoria com mais casos.
Em termos distritais, Lisboa representa mais de 25 por cento das participações e o Porto mais de 16 por cento. Braga foi o distrito que registou maior decida nas ocorrências (menos mil 885 registos) seguido de Viana do Castelo e Aveiro. Em termos percentuais, Beja foi o distrito com maior subida.
O crime contra as pessoas foi aquele que mais registos teve, e ficou com uma média, em termos nacionais, de 23,3 por cento. Neste capítulo Castelo Branco ultrapassou esta média com 29,8 por cento de participações, tal como a Guarda, com 28,7 por cento. Nos crimes contra o património, os dois distritos ficaram abaixo da média nacional (54,13 por cento). No distrito albicastrense a média foi de 44,4 por cento e no egitaniense de 43,4. Nos crimes contra a vida em sociedade, os dois distritos ultrapassam a média nacional (12,23 por cento), já que a Guarda regista 16,8 por cento de participações neste capítulo e Castelo Branco 19 por cento.

Criminalidade violenta também baixa

No que toca à criminalidade violenta, em Portugal, houve um aumento de 1,2 por cento, com o assalto a residências, o roubo por esticão e roubo nos transportes públicos a registarem mais casos. Lisboa volta a liderar neste capítulo, seguido de Porto, Setúbal, Faro e Braga. O distrito onde se registou maior acréscimo de participações foi Lisboa, seguido de Setúbal e Braga. Já o Porto, Coimbra e Castelo Branco estão entre aqueles em que houve maior descida. No distrito albicastrense houve menos 42 participações, ou seja, um decréscimo de 25,9 por cento.
Assim, em Castelo Branco, em 2010, na criminalidade violenta grave, registaram-se 120 participações contra as 162 de 2009 (menos 25,9 por cento). Na Guarda, no ano passado, 77 participações, contra as 69 do ano anterior (acréscimo de 11,6 por cento). Os dois distritos, contudo, figuram entre aqueles em que este tipo de crimes tem menos expressão a nível nacional.

(Peça completa na edição papel)