Painted Black mostram-se ao público

2010-05-26

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Banda de metal formada no Tortosendo edita disco.

Durante três anos consecutivos os Painted Black foram considerados pela revista Loud a melhor banda nacional sem contrato discográfico. Entretanto, a banda originária do Tortosendo associou-se a uma editora e lançou o primeiro álbum, "Cold Comfort", à venda desde 3 de Maio.

Longe vai o tempo em que o pai de Luís Fazendeiro lhe ofereceu uma guitarra por volta dos 17 anos e pouco depois começou a compor as primeiras músicas. Os tempos de "banda de sótão", de muitas peripécias e de quando na rua os apontavam como "os que faziam barulho", lembrados com um sorriso nostálgico, também já lá vão. Desde que deram o primeiro concerto, em 2001, no Unidos, muita coisa mudou. Amadureceram, entraram e saíram elementos, a vida profissional levou-os para a área de Lisboa, mas o Tortosendo é o sítio a que chamam casa.

Em 2005 gravaram a primeira demo, "The Neverlight", mas foi com a segunda, "Verbo", em 2006, que obtiveram maior visibilidade e boas críticas ao seu trabalho. Em 2007 deu-se a mudança para Lisboa, onde Luís Fazendeiro, o compositor, é programador informático e Daniel Lucas, vocalista e autor das letras, dá aulas de inglês. "Lá há uma proximidade maior ao nosso meio, conhecemos muitas pessoas na área", diz Daniel.

"Mais musicalidade que peso"

A banda de "metal atmosférico" diz ter como principal influência os vários tipos de metal, "menos o power metal". Mas foram beber também a outros géneros. "O nosso som é muito atmosférico", frisa o guitarrista, Luís. "Mas as nossas raízes são acústicas. O que fazemos é mais musicalidade que peso", ilustra Daniel.

Esta mescla acaba por ter um efeito por vezes adverso. "Somos leves para quem gosta de música muito pesada e pesados para quem gosta de música leve, por isso não encaixamos em qualquer festival", salienta o vocalista. O melhor, recomendam, é cada um ouvir e fazer a sua própria interpretação.

Os Painted Black, cujo nome nada tem a ver com o tema homónimo dos Rolling Stones, mas resulta do universo do filme "O Corvo", cantam sobre a melancolia, sentimentos de perda, frustração, a tristeza. "São coisas que servem para serem canalizadas através da música", refere o autor das letras, Daniel.

(Notícia completa na edição papel)