Não há duas sem três

2010-11-04

Versão em áudio disponível!

00:00 00:00

Covilhã perde pela terceira vez consecutiva em Arouca.

Como diz o velho ditado, não há duas sem três. Foi isto precisamente o que aconteceu no passado domingo ao Sporting da Covilhã, que depois de duas derrotas seguidas (uma fora e outra em casa), somou em Arouca a terceira derrota consecutiva na Liga de Honra, a quarta no total, numa prova em que, fora de portas, à sexta jornada, ainda não conseguiu somar um pontinho.

Numa partida marcada pela muita chuva que se abateu sobre o terreno de jogo, e pelo vento forte que se fez sentir, futebol foi coisa que pouco se viu no relvado dos visitados. Lutou-se muito, é certo, com as duas equipas a darem o melhor de si, mas o Covilhã acabou por pagar muito caro erros que cometeu. O primeiro logo aos 14 minutos, quando Bruno Severino perdeu uma bola e na ânsia de a recuperar acabou por derrubar na área serrana Steven. Grande penalidade aproveitada por Diogo Santos para colocar a equipa da casa na frente do marcador. O Covilhã procurou reagir à desvantagem, e João Pinto, que operou várias alterações no onze inicial, logo aos 27 minutos tentou dar mais peso ao ataque retirando o infeliz Severino para colocar Rincon. O Covilhã melhorou, começou a aproximar-se mais vezes da área contrária, e por duas vezes, por intermédio de Andrezinho (estreia absoluta na equipa) e Fofana ameaçou as redes à guarda de Marco. Que no entanto não teve quase nenhum trabalho na primeira parte. Ao intervalo a vantagem dos da casa, no marcador, era mais que justa.

No segundo tempo, o Covilhã surgiu com Hélder Rodrigues no lugar de Moia, e muito mais pressionante que no primeiro tempo. Os pratos da balança equilibravam-se mais, o Covilhã ia empurrando o seu adversário para zonas mais recuadas do terreno, mas aos 67 minutos a tarefa dos serranos ficou muito mais complicada. É que Samson, que já tinha um amarelo, viu o segundo e consequente vermelho, deixando o conjunto serrano reduzido a dez unidades. Num campo pesado, o Arouca passou então a respirar melhor, a sacudir a pressão que o Covilhã estava a impor e acabou mesmo por matar o jogo aos 76 minutos, quando na sequência de um canto Kiko saltou mais alto que toda a gente e fez o 2-0 para o Arouca. Aí, a resistência covilhanense acabou e o Arouca até poderia ter ampliado a vantagem, sobretudo pelo possante avançado Jéremie, que no ano passado já tinha marcado aos "leões" quando estava ao serviço do Estoril.

No final, João Pinto disse que o Arouca teve mérito na vitória, lembrou as difíceis condições do terreno de jogo que apesar de tudo "não são desculpa" e que a expulsão acabou por condicionar a equipa quando estava no melhor período do encontro.

No próximo domingo, o Sporting da Covilhã tem um difícil teste já que se desloca ao terreno do primeiro classificado, o Gil Vicente, que ainda não perdeu qualquer jogo nesta prova.
(Texto completo na edição papel; foto de Vítor Travassos)