Empresa coloca município em tribunal.
A dívida da Águas da Covilhã representa mais de metade do passivo da Resistrela, sistema multimunicipal de recolha de resíduos sólidos de que o município covilhanense não é accionista, apenas utilizador. Uma situação que preocupa Rui Gonçalves, o administrador.
"Fomos obrigados a pôr o município em tribunal para recuperarmos esse valor", lembrou Rui Gonçalves na passada sexta-feira, após assembleia-geral de accionistas. A factura, no valor de dois milhões e 200 mil euros, transitou do tempo em que a estrutura era gerida pelas Águas do Zêzere e Côa. A acção em tribunal foi interposta no início do ano passado e em 2009, segundo o administrador da Resistrela, a Águas da Covilhã pagou algumas facturas, mas não na totalidade. Embora sublinhe que o serviço nunca deixou de ser prestado.
Rui Gonçalves acrescenta que no caso da Covilhã, "produtora de muitos resíduos", muitas vezes as exigências até são diferentes, e ainda assim tem sido dada resposta. "Durante 2009 a AdC pagou algumas facturas relativas aos meses correntes. Mas por exemplo em Julho e Agosto só pagou parte do valor da factura apresentada. O porquê não sei", diz.
"Mesmo sem ser accionista gostaríamos de ter com a Covilhã uma relação saudável. E o município da Covilhã, até agora, ainda não deu os passos suficientes para essa situação", acentua o administrador da Resistrela, para quem a postura da autarquia covilhanense "é um obstáculo a uma redução mais acentuada das tarifas cobradas".
Ainda que o montante que a Resistrela diz ter a receber crie dificuldades, Rui Gonçalves frisa não poder "retaliar" por se tratar da prestação de um serviço público do qual depende a qualidade de vida das populações.
No caso do Fundão e da Guarda, outros dois municípios com facturas em atraso, "houve um progresso em relação ao pagamento". "O grande problema tem sido a falta de colaboração do município da Covilhã e Águas da Covilhã em relação ao cumprimento das suas obrigações". Outro accionista, Celorico da Beira, tem também uma acção a decorrer em tribunal, por o valor em falta se aproximar de um milhão de euros e a Resistrela ter receio de não reaver essa quantia de outra forma.
(Notícia completa na edição papel)
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
Covilhã / Gonçalves / Águas / Resistrela / Rui / metade / passivo / Dívida / Empresa / tribunal
Entidades
Rui Gonçalves / Empresa / AdC / Águas da Covilhã / Resistrela
Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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