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Crise adia aumento de rendas

2010-08-18

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Autarquia volta atrás e só aumenta habitação social em Dezembro.

A Câmara Municipal da Covilhã adiou a intenção de aumentar o valor mínimo das rendas de habitação social de 45 para 50 euros, medida que se previa entrar em vigor no final de Agosto. A autarquia decidiu manter o valor até Dezembro, altura em que a situação será reavaliada.

O aumento atingiria 40 por cento das famílias que beneficiam de habitação a preços sociais, 295 num universo de 700 casas.

"Estamos a dar tempo às pessoas para ajustarem os seus orçamentos", justificou Pedro Silva, vereador na edilidade covilhanense. "É uma resposta no âmbito social, até ao final do ano, para minimizar os efeitos da crise", acrescenta o autarca.

Antes, em comunicado, a Câmara Municipal já tinha atribuído o recuo às "dificuldades das famílias, por razões sobrevindas relacionadas com a redução de rendimentos e subsequente redução do poder de compra" dos beneficiários dos fogos de habitação social.

No início de Junho a autarquia anunciou a actualização do valor mínimo das rendas por não aumentar esse valor há dois anos. "O custo da manutenção e o pagamento das casas exige esse realismo", sublinhou na ocasião Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal. Segundo o autarca a intenção passa por não fazer aumentos significativos, mas fazer reajustes na renda mínima a pagar.

A proposta relativa ao aumento de cinco euros contou com o voto contra dos dois vereadores da oposição presentes, Vítor Pereira e João Correia, por desconhecerem "a real situação socioeconómica da população realojada" e entenderem que deve ser feito um estudo que faça essa análise.

"Não tem sido desenvolvido um trabalho, fundamental, que visa a integração e o acompanhamento das famílias, que não deve ficar-se pela atribuição das habitações e pela conservação e manutenção das mesmas", referiu Vítor Pereira em Junho último.

De acordo com Pedro Silva, a Câmara Municipal vai respondendo à medida que faz a leitura das diferentes realidades que observa e do retorno que lhe chega. "Face aos vários pedidos que nos chegaram, a câmara não podia ficar insensível. Vai manter-se tudo como estava e reavaliaremos no final do ano", acentua o vereador.

"Seja qual for o número de pessoas em causa, estamos a falar de quem está no último escalão porque tem mais necessidade", salienta Pedro Silva.

"Apesar do esforço financeiro que significa para o município, a quem o Governo reduziu substancialmente as suas receitas, estamos certos que esta medida ajudará a minorar o efeito da crise", refere a edilidade, em comunicado.

O valor mínimo das rendas de quem mora em casas da autarquia tinha sido decidido na sequência dos cortes anunciados pela autarquia, justificados pela redução das transferências por parte da administração central. A par das rendas a Câmara Municipal da Covilhã tinha também avisado para mais alguns reajustamentos, nomeadamente sobre a possibilidade de a partir de Janeiro de 2011 acabarem as isenções nos jardins-de-infância.



Autor
Ana Ribeiro Rodrigues

Categoria
Local Covilhã

Palavras-Chave
Câmara / Municipal / Autarquia / Dezembro / valor / Agosto / habitação / rendas / social / Silva

Entidades
Pedro Silva / Carlos Pinto / Vítor Pereira / João Correia / Dezembro

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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