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Mil comeram arrozada de míscaros

2010-11-24

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No Alcaide, no passado fim-de-semana.

Mesmo com a chuva e o frio, que apareceram sem convite, foram milhares as pessoas que entre os dias 19 e 21 de Novembro visitaram o Míscaros - Festival do Cogumelo, no Alcaide, Fundão, superando as expectativas da organização, satisfeita com a adesão a uma festa que se pretende que seja de promoção não apenas de um produto local como também da região.

E o que o Alcaide teve para oferecer surpreendeu os visitantes. Com um programa diversificado, foi possível fazer caminhadas, passeios micológicos, ver concertos, assistir à animação de rua, aprender mais sobre míscaros nas palestras realizadas, percorrer as cerca de 60 tasquinhas e provar as várias formas de cozinhar o apreciado fungo.

A farinheira de cogumelos, ideia de António Abrantes, foi uma das estrelas do certame, onde também era possível degustar cogumelos recheados, míscaros grelhados na telha, rissóis de cogumelo, francesinha com cogumelo, sopa de cogumelo, cogumelos salteados ou licor de míscaro, entre muitas outras iguarias.

Mega-Almoço para mil pessoas

O almoço colectivo de domingo, em que a organização ofereceu arroz de míscaro a quem quis participar, foi um dos pontos altos da festa. Ao terceiro dia a chuva deu lugar ao sol e foram cerca de mil as pessoas que almoçaram o arroz de míscaro, confeccionado pela Escola de Hotelaria e Turismo do Fundão servido junto à igreja.

Maria Clara Mesquita reside em Lisboa, mas aproveitou a visita à sua terra de origem, a Atalaia, para pela primeira vez vir ao Míscaros. "É um bom evento para promover as culturas e tradições da região", diz, enquanto come deliciada o arroz que a faz recuar ao passado. "Está muito bom, faz-me lembrar quando era miúda e costumava comer arroz de míscaro", recorda.

É também a estreia de Helena Gonçalves, do Fundão, no Míscaros. Sentada nas escadas da igreja, elogia o prato servido pelos alunos da Escola de Hotelaria. "Míscaros é uma coisa que adoro, tal como toda esta envolvência", salienta, para justificar a presença no Alcaide.

Ricardo Ramos coordenou a equipa responsável pelo almoço em que foram utilizados 90 quilos de arroz e cem de míscaros e nota que o desempenho dos alunos "tem vindo a crescer de evento para evento". Durante os três dias a escola explorou o restaurante da Casa Cunha Leal, com 80 lugares e sempre cheio. "Este ano duplicámos a oferta, procurámos ter pratos com uma diversidade de cogumelos e a adesão foi bastante superior. Arrisco-me a dizer que também duplicou", frisa Ricardo Ramos.

Petiscos como a tibórnia de cogumelo e queijo, a tortilha de cogumelo ou os ovos verdes de cogumelo, e pratos como a lagarada de bacalhau e polvo com migas de cogumelo e broa, o restaurante, tal como outros, esteve sempre cheio. "Tivemos de mandar embora umas duzentas pessoas, por não podermos atender toda a gente", conta o responsável. Uma procura que atribui à imagem da Escola de Hotelaria. "As pessoas já nos associam à inovação e diversificação, procuramos ir sempre por este caminho", realça Ricardo Ramos.

(Saiba mais sobre esta festa na edição papel)



Autor
Ana Ribeiro Rodrigues

Categoria
Local Fundão

Palavras-Chave
míscaros / Alcaide / Cogumelo / míscaro / cogumelos / Mesmo / Festival / Novembro / pessoas / Escola

Entidades
António Abrantes / Mega-Almoço / Maria Clara Mesquita / Helena Gonçalves / Ricardo Ramos

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

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