Câmara da Covilhã corta nos apoios sociais.
Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, avisa que até ao final do ano pode não vir a lançar nenhuma obra, devido às medidas de austeridade impostas pelo Governo, que implicam cortes na ordem dos dez por cento nas verbas destinadas às autarquias.
O alerta foi deixado na Assembleia Municipal da passada sexta-feira, 14, quando o autarca respondia às críticas da oposição sobre a dívida de 95 milhões de euros do município.
"Os próximos tempos são de contenção", disse o edil. "Vamos ter de cortar por causa do Governo do Partido Socialista que cortou às câmaras municipais", acrescentou. Segundo Carlos Pinto os apoios sociais dados pela autarquia podem também estar em causa. "Na próxima semana vamos tomar decisões e algumas coisas que estamos a dar às pessoas e às juntas de freguesia, vamos ter de as cortar", informou o presidente da edilidade covilhanense, sem entrar em pormenores.
"Os apoios sociais vão acabar, ou vamos olhar para eles de outra maneira", adiantou. Dirigindo-se aos presidentes de junta presentes, avisou-os que não sabe se este ano mais algum protocolo será assinado. Como exemplo deu a recuperação da escola do Dominguiso, que poderá estar em causa. "Eu não sei o que vai acontecer com o investimento", sublinhou. Isto porque, realçou, "eu não vos deixo a câmara como a recebi, quando o presidente até se escondia atrás dos cortinados".
Carlos Pinto justifica parte da dívida da autarquia, no valor de 95 milhões de euros, com o aproveitamento de fundos comunitários para a realização de obras. O autarca critica também a diferença nas transferências feitas pela Administração Central para Castelo Branco e a Covilhã, que só este ano recebeu menos 4 milhões e 215 mil euros que o município albicastrense, maior em território. "As pessoas não contam para o PS, olham só para as pedras e as giestas", censurou o autarca.
O edil fez também referência à diminuição da despesa corrente, da aquisição de bens e serviços, dos encargos financeiros e frisa que algumas verbas disponíveis para outras áreas, como é o caso com os gastos com pessoal, foram canalizadas para as despesas de investimento.
(Texto completo na edição papel)
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
Municipal / Pinto / Vamos / Carlos / Câmara / Covilhã / Governo / sociais / presidente / causa
Entidades
Carlos Pinto / Governo do Partido Socialista / PS / Câmara da Covilhã / Câmara Municipal da Covilhã
Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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