Câmara aprova orçamento

2011-11-23

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PS absteve-se.

O Orçamento para 2012, no valor de 78, 4 milhões de euros, menos 11, 2 milhões que no ano passado, foi aprovado pela Câmara Municipal da Covilhã na última reunião camarária, na passada sexta-feira, 18, com a abstenção do PS.
Carlos Pinto, presidente da autarquia, frisa que os orçamentos das câmaras são os que o Governo permite. "Os cortes são sucessivos, temos de nos adaptar a isso", salienta. E adianta que apesar do contexto, a Câmara da Covilhã ainda consegue lançar novas obras, como é o caso do alargamento da Rua Marquês D`Ávila e Bolama perto do Colégio das Freiras, os elevadores do Jardim Público e do Parque da Goldra
Para Vítor Pereira, o documento apresenta uma "falta de rigor recorrente". O vereador socialista diz que "49,1 da receita é fictícia", por assentar na venda de património que, à semelhança do que tem acontecidos nos anos anteriores, não é vendido. Esta rubrica, acrescenta, "distorce a leitura que se pode fazer do orçamento".
"Uma tão elevada percentagem de receita de capital causa à partida um forte enviesamento das previsões, por ser irrealista, para além de, à posteriori, redundar numa reduzida taxa de execução", sustenta Vítor Pereira.
O vereador da oposição sublinha ainda que a Câmara da Covilhã depende fortemente das transferências do Estado, realça que as receitas geradas pela autarquia são quase todas canalizadas para o pagamento do pessoal e chama a atenção para os 2,4 milhões de euros a pagar só de juros, se a taxa euribor não subir, referentes a empréstimos bancários.
"Merecia o nosso voto contra", disse Vítor Pereira, que justificou a abstenção com a obrigação de incutir confiança" nos cidadãos num período de crise. O vereador do PS diz ainda reconhecer o esforço feito no aumento das transferências para as freguesias.
O Plano e Orçamento para 2012 é discutido e votado na Assembleia Municipal, agendada para 9 de Dezembro.