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Menos azeite, mas melhor

2010-12-07

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Produção este ano será menor na Beira Interior.

"Com menos produção, mas bom". É assim que se perspectiva este ano para a campanha da apanha da azeitona, antevê João Pereira, presidente da Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior, que representa cerca de dez mil olivicultores.
Depois das pragas que afectaram os olivais em anos anteriores e da boa produção registada o ano passado, prevê-se que este ano a produção seja menor, mas com azeite de boa qualidade.
João Pereira explica que a oliveira é uma espécie em que ocorre o fenómeno da safra e contra-safra, o que significa que é normal a seguir a um ano de muita quantidade se seguir uma redução na quantidade de azeitona.
As quebras expectáveis são na ordem dos 30 a 40 por cento no distrito de Castelo Branco, resultado desse ciclo habitual da própria cultura e das condições climatéricas, já que o facto de Setembro ter sido pouco chuvoso não contribuiu para que o fruto ganhasse peso. Por outro lado, sem a combinação de humidade e chuvas, as pragas, como a gafa e especialmente a mosca, não provocaram danos nos olivais, o que contribui para o aumento da qualidade.
João Pereira sublinha que a azeitona poderia ganhar peso com a rega, mas salienta que "na região o olival é predominantemente de sequeiro", onde não é habitual recorrer à rega.
O habitual é chegar-se às seis mil toneladas. Considerando o ano com expectativas abaixo do normal, aponta-se para uma produção a rondar as quatro a cinco mil toneladas.
Nas zonas mais frias, como é o caso do distrito da Guarda até à Gardunha, os lagares começaram a abrir na segunda quinzena de Novembro. "Ainda está tudo no início. Se calhar a quebra não será tão acentuada, mas só quando se chega ao lagar é que se tem noção das reais quantidades", frisa João Pereira. Já nas áreas mais quentes, no sul do distrito de Castelo Branco, desde o início de Novembro que os lagares estão em laboração.
Segundo o presidente da Associação de Produtores da Beira Interior, que tem cerca de 50 lagares e cooperativas associados, "a Cova da Beira é uma região forte", onde existe uma concentração significativa de produtores, a maior parte agregada à Cooperativa de Olivicultores do Fundão.



Autor
Ana Ribeiro Rodrigues

Categoria
Secções Actualidade

Palavras-Chave
Beira / Interior / Pereira / Produção / João / azeite / Produtores / azeitona / Branco / Associação

Entidades
João Pereira / Associação de Produtores de Azeite da Beira Interior / Associação de Produtores da Beira Interior / Cooperativa de Olivicultores do Fundão / Beira Interior

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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