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Melhor remédio é a prevenção

2011-04-06

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CHCB regista entrada, por ano,de 400 doentes com AVC.

Anualmente são mais de 400 as pessoas que dão entrada no Centro Hospitalar Cova da Beira vítimas de acidente vascular cerebral (AVC), um problema de saúde que deixa lesões em mais de dois terços dos doentes.
Na região, nos últimos anos, o número de vítimas de AVC estabilizou, embora Miguel Castelo Branco, director da unidade, sublinha que esta região tem uma população envelhecida, escalão etário em que se registam mais casos. Já a taxa de mortalidade tem vindo a diminuir, fruto da evolução no atendimento a este tipo de doentes, nomeadamente com a criação da Unidade de AVC do Centro Hospitalar, em 2005.
"O AVC é menos mortal que no passado, mas muitas vezes deixa sequelas para o resto da vida, com incapacidades significativas", alerta o médico. Os pedidos de ajuda nem sempre chegam a tempo, num problema em que a rapidez com que se chega ao hospital é fundamental para evitar lesões mais extensas. "É importante que as pessoas reconheçam precocemente os sinais de um AVC", alerta Miguel Castelo Branco. Para além da dor de cabeça intensa, outros sintomas são a assimetria da face, com o olho ou boca a ficarem de lado, a dificuldade em falar ou um dos braços ficar com menos força de que o outro. Caso algum destes sinais se verifique, deve-se levar de imediato a pessoa para o hospital, porque "quanto mais tarde se chegar mais facilmente as lesões serão mais graves", salienta o clínico.
Estes foram alguns dos conselhos deixados a um público em idade escolar, no colóquio com o lema "A Solução Está na Prevenção", na Escola Campos Melo, que assinalou na passada quinta-feira, 31, o Dia Nacional do Doente com AVC, a primeira causa de morte e incapacidade em Portugal, que mata diariamente duas pessoas.
Quando o AVC se manifesta, o tempo até ter assistência é fundamental, mas Miguel Castelo Branco nota que mais importante é apostar na prevenção e adoptar hábitos de vida saudáveis, que passam por uma alimentação adequada, o controlo da tensão arterial e a prática de exercício físico.
Excesso de sal é prejudicial
"A actividade física é provavelmente a melhor coisa que o sujeito pode fazer pela sua própria saúde", acentuou Júlio Martins, professor no Departamento de Desporto da Universidade da Beira Interior. O docente sublinhou que ao contrário da idade, o colesterol, a hipertensão, a inactividade física ou a obesidade são factores de risco que é possível modificar.
Ana Monteiro, nutricionista no CHCB, chamou a atenção para outro mau hábito: o consumo excessivo de sal. Portugal é o País da Europa que mais sal põe na composição dos alimentos. Em vez dos seis gramas diários, o equivalente a uma colher de chá, os portugueses consomem mais do dobro.
Segundo a nutricionista, estão-se a mudar comportamentos, apesar de "a maior parte das pessoas ter a ideia errada de que come bem". Na região, salienta, ingerem-se muitos enchidos ou queijos gordos. Para uma alimentação mais equilibrada, frisa, devem preferir-se os grelhados, cozidos e estufados aos fritos e refogados, não se deve estar mais de três horas sem comer, os vegetais devem estar sempre presentes, deve-se optar pelos alimentos integrais e não é conveniente estar mais de nove ou dez horas em jejum.

(Notícia completa na edição papel)



Autor
Ana Ribeiro Rodrigues

Categoria
Secções Actualidade

Palavras-Chave
AVC / entrada / Anualmente / Cova / Castelo / doentes / Centro / Hospitalar / Miguel / Branco

Entidades
Miguel Castelo Branco / Júlio Martins / Ana Monteiro / Unidade de AVC do / Centro Hospitalar

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

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