Centro Histórico sem estacionamento

2011-04-19

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Comerciantes queixam-se.
Os comerciantes do Centro Histórico da Guarda apontam a falta de estacionamento e os acessos à zona como os principais responsáveis "pela degradação da situação económica dos seus negócios", segundo um estudo divulgado esta semana pela Associação Comercial.
"Confirmando os relatos que têm chegado à Associação do Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG) pelos comerciantes, 98 por cento dos inquiridos apresentam uma perspectiva bastante pessimista da evolução do seu negócio, afirmando que se encontra 'razoável' ou mesmo 'mau'", refere o documento a que a agência Lusa teve acesso.
O estudo foi realizado durante a segunda quinzena do mês de Janeiro deste ano, junto de 100 empresas comerciais instaladas no Centro Histórico da Guarda, após a ACG ter recebido "inúmeros relatos e reclamações sucessivas da falta de estacionamento e do corte de trânsito nalgumas artérias", é justificado. "Como em muitos outros centros históricos de Portugal, na Guarda vivem-se momentos difíceis para quem tenha a sua actividade comercial centrada nesta zona da cidade", refere aquela associação.
O documento também aponta que a desertificação habitacional, o envelhecimento da população, a degradação dos imóveis, a falta de estacionamento, a pouca funcionalidade do espaço urbano, a insuficiência de acessos ao centro da cidade e a falta de modernização das lojas levam "ao desinteresse e consequente abandono por parte de comerciantes e potenciais clientes" da parte mais antiga da cidade.
A ACG salienta que, de acordo com os dados apurados, os comerciantes instalados na zona histórica "não identificaram medidas que, por sua iniciativa, possam colocar em prática para resolver os problemas assinalados", considerando que essa "é uma responsabilidade das entidades responsáveis pela gestão urbanística" da cidade.
A Associação Comercial, presidida por Paulo Manuel, assegura que "procurará, na sequência dos resultados encontrados, estabelecer e dinamizar espaços de reflexão que permitam, entre os comerciantes e as entidades competentes, encontrar mecanismos que possam ultrapassar" os constrangimentos denunciados pelo estudo de mercado realizado junto dos empresários do sector.