Tragédia em Castelo Branco

2011-06-29

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Bebé de dois anos morre em incêndio.

A manhã do último domingo ficou marcada pela tragédia para um jovem casal de Castelo Branco. Jorge e Vera Lúcia Esteves perderam o seu único filho na sequência de um incêndio que terá tido origem num curto-circuito.
Rui Filipe, que completaria o seu segundo aniversário em Agosto próximo, estava a dormir quando o fogo deflagrou no seu próprio quarto. O menino ainda acordou, mas já não conseguiu fugir. "Eu conseguia ouvi-lo a chamar por mim, mas não consegui abrir a porta do quarto", conta a chorar, Vera Lúcia Esteves, de 20 anos, a mãe da criança, confortada por vizinhos e familiares.
Jorge Esteves, de 21 anos, operário da construção civil, tinha saído de manhã para o trabalho, mas a esposa estava em casa quando tudo aconteceu e não encontra explicação para a tragédia. "Acordei de manhãzinha e, como estava calor, fui ligar uma ventoinha no quarto do menino para ele dormir melhor e depois fui-me deitar outra vez. A ventoinha deve ter criado um curto-circuito que pegou fogo ao quarto", adiantou aos bombeiros. Os vizinhos ainda tentaram acudir, "mas já nada puderam fazer, porque já havia chamas e muito fumo negro por toda a casa", afirma Sandra Luís, tia e vizinha do casal que foi alertada pelos gritos da sobrinha à porta de casa.
Na Rua do Mercado, a consternação abateu-se sobre todos os vizinhos. Rui Filipe era o único filho do casal e "era uma das crianças mais queridas no bairro", conta uma vizinha a chorar. "Era muito brincalhão e muito carinhoso com toda a gente", acrescenta.
Maria José, tia do casal, tinha estado com os sobrinhos e com a criança na noite anterior numa festa popular no Largo de São João, ao fundo da rua onde viviam. "Quem diria que era a última vez que iria ver o meu menino", desabafa. A familiar não acredita que tenha havido qualquer tipo de negligência por parte dos pais. "Ela era uma ´super-mãe´. Trazia sempre o menino bem arranjado e nem a Vera nem o Jorge deixavam que nada faltasse ao pequeno. Eram excelentes pais e não mereciam esta tragédia", assegura.

(Mais desenvolvimentos na edição papel)