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O essencial

2011-01-19

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O Estado empobreceu o País pela irresponsabilidade, ignorância e ganância de muita gente que se serviu do poder como instrumento pessoal.

Estamos a viver tempos de austeridade que irão durar demasiado tempo. Há que saber procurar alternativas e aprender a redesenhar a vida a partir de outros ângulos, obviamente diferentes.
As rotinas são cómodas e matam a iniciativa. Temos que aprender a poupar e isso passa pela mudança de atitudes. É preocupante, mas o País está numa situação demasiado perigosa e o que se avizinha não são boas notícias. Os nossos dirigentes têm vivido olhando para o seu umbigo e para os seus interesses. Falta transparência na sociedade portuguesa e a corrupção espreita a cada canto do País. Fomos habituados pelo sistema a uma liberdade ilimitada que fez, e continua a fazer, apelo a direitos também ilimitados.
Os portugueses, com particular impacto nos pobres, desempregados e marginalizados vão pagar por demasiado tempo a factura dos excessos da incapacidade instalada que conduziu a esta situação de permanente falta de verba. O sistema vigente nega a dimensão espiritual do homem e naturalmente o relativismo toma conta das pessoas. A existência humana está reduzida apenas à experiencia consumista e materialista. O Estado empobreceu o País pela irresponsabilidade, ignorância e ganância de muita gente que se serviu do poder como instrumento pessoal. A realidade é que agora é o Estado que anda de mão estendida pelo mundo pedindo dinheiro, tentando adiar o inevitável. O País não está educado, nem mobilizado para mudar de comportamentos. Pelo contrário somos continuamente deseducados pelos "actores" que nos governam.
Uma imagem pode ajudar a esclarecer a actual sitiuação. Imagine o leitor que tem uma poupança e que a queria pôr a render. Olhando para os actuais "actores políticos" a quem é que entregaria a gestão dessa poupança? É um exercício prático, não ideológico..! Afinal, trata-se de tomar uma decisão tendo como base a confiança, credibilidade e competência duma pessoa concreta. Se existe dúvida, pura e simplesmente não "emprestamos" a poupança. É aqui, do lado da (des)confiança e da dúvida que entra essa "coisa"chamada Fundo Europeu de Estabilidade e FMI. No recente livro "Luz do Mundo",Bento XVI deixa a seguinte mensagem: "A humanidade encontra-se num ponto de viragem. É tempo de tomar consciência. Tempo de mudar. Tempo de se converter. E, firme, insiste:"existem tantos problemas. Todos têm de ser resolvidos, mas nenhum é resolvido se Deus não estiver no centro e não se tornar visível no mundo". De facto, o essencial, é Deus, pois só Ele pode ajudar a pôr ordem na actual Torre de Babel.



Autor
José Vicente Ferreira

Categoria
Opinião

Palavras-Chave
País / Estamos / tempo / Estado / demasiado / mundo / viver / austeridade / irão / durar

Entidades
Deus / Fundo Europeu de Estabilidade / FMI / Estado / País

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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