Marcha da indignação andou pela Covilhã.

Luís Garra apelou, no último sábado, 22, à adesão em massa à Greve Geral agendada para dia 24 de Novembro próximo. O coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB) falava à margem da "Arruada pela Indignação", que reuniu na Covilhã cerca de centena e meia de pessoas (sindicatos falam em 500 pessoas). Uma iniciativa que percorreu algumas das principais artérias do centro da cidade com palavras de ordem contra as políticas governamentais em vários sectores.
Na intervenção no final do cortejo, no Largo de Infantaria 21, foram recordadas a luta contra as portagens nas auto-estradas do Interior (A23, A24 e A25) e a insatisfação contra as políticas da maioria PSD/CDS, sobretudo no que toca ao Orçamento de Estado (OE) para 2012.
Tal como havia feito na semana anterior, Garra voltou a apelidar o OE de "roubo colossal, contra o qual é necessário lutar sem tréguas", e foi ainda mais longe nas críticas. O sindicalista afirma que "o País está à mercê de um triunvirato constituído pelo Presidente da República, Governo e Confederação Empresarial (CIP)" que actuam de forma "injusta e criminosa".
O coordenador da USCB não acredita que as medidas propostas no Orçamentos sejam inevitáveis e aponta como alternativas um melhor controlo sobre as grandes fortunas e as grandes transacções. "Todos os dias saem 6,6 milhões de euros do país para offshores no estrangeiro, e há lucros milionários que não pagam impostos", denuncia dando como exemplo a Portugal Telecom "que tem sede fiscal na Holanda". Depois, continua em tom inflamado, "dizem que não há dinheiro e andam a tirá-lo a quem trabalha. Vão tirá-lo ao raio que os parta".

Autor
Alexandre Salgueiro

Categoria
Secções › Actualidade

Palavras-Chave
greve / Covilhã / Marcha / Luís / Novembro / indignação / Sindicatos / Garra / pessoas / Apelo

Entidades
Garra / União de Sindicatos de Castelo Branco / PSD / CDS / OE

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