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Ex-combatentes vão ter monumento

2011-03-22

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No Jardim José de Lemos.
O Núcleo da Guarda da Liga dos Combatentes anunciou esta semana que vai homenagear os antigos soldados que combateram nas ex-colónias portuguesas, com a construção de um monumento no Jardim José de Lemos.
Segundo Arménio Farinha, presidente do Núcleo da Guarda da Liga dos Combatentes, o projecto, orçado em cerca de 40 mil euros, envolve o Governo Civil, a Câmara Municipal e as juntas de freguesia do concelho da Guarda. O monumento, da autoria do arquitecto local António Saraiva, corresponde "a uma aspiração antiga das várias direcções" do Núcleo local da Liga dos Combatentes, que não possui verbas que permitam suportar os custos, pelo que lançou uma campanha de angariação de fundos junto da população do concelho e abriu uma conta numa instituição bancária "para receber donativos". O monumento de evocação e homenagem aos naturais da Guarda que combateram nas ex-colónias terá "linhas direitas e muito contemporâneas", diz António Saraiva, acrescentando que "é constituído por três muretes, representando cada um deles os actuais três países onde, na altura, combateram homens oriundos deste concelho: Angola, Guiné e Moçambique". Acrescenta que nos muros, a erigir em betão, serão colocadas placas em cobre com os nomes dos soldados naturais do concelho da Guarda "que aí tombaram". No monumento também será gravada a frase: "Um homem só morre quando deixar de ser lembrado", disse António Saraiva.
O vice-presidente da Câmara da Guarda, Virgílio Bento, também reconhece que o monumento permite "perpetuar a memória de todos aqueles [naturais do concelho] que estiveram no Ultramar". Já Santinho Pacheco, governador civil da Guarda e antigo combatente na Guerra Colonial, recorda que "milhares de soldados portugueses deram, de 1961 a 1974, anos da sua vida, às vezes a própria vida, ao serviço da Pátria". "É nosso dever não esquecer o seu sacrifício e honrar a sua memória", refere, no ano em que se assinala o 50.º aniversário do início da luta em Angola. O governador civil acrescenta que "a Guarda e o seu concelho têm uma dívida de gratidão para com a geração de África". "Todos quantos lá estivemos, as famílias dos antigos combatentes, mães e pais a quem o 25 de Abril libertou dessa angústia de ver os filhos partir, ex-residentes naqueles territórios, todos somos chamados a colaborar nesta iniciativa tão meritória", diz Santinho Pacheco.



Autor
Notícias da Covilhã

Categoria
Local Guarda

Palavras-Chave
Guarda / Jardim / José / Lemos / Liga / Núcleo / Combatentes / concelho / monumento / Saraiva

Entidades
Arménio Farinha / António Saraiva / Virgílio Bento / Santinho Pacheco / Núcleo da Guarda da Liga dos Combatentes

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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