Desemprego duplica no distrito

2011-04-21

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Há quase 10 mil desempregados no distrito. Em 2001, havia apenas cinco mil 647.
Na última década, o desemprego quase duplicou no distrito de Castelo Branco e em Dezembro último os número cifrava-se em 9 mil 949 pessoas inscritas nos três centros de emprego da área, quando em 2001 eram 5 mil 647.
Já na Guarda, eram 6 mil 673 os desempregados inscritos. No distrito vizinho desde 2001 que a taxa de desemprego tem aumentado ininterruptamente. Até 2010, esse crescimento foi de 59,8 por cento. No de Castelo Branco o desemprego disparou entre 2001 e 2004, reduziu ligeiramente entre 2004 e 2008 mas, desde então, voltou a aumentar, acompanhando a tendência registada em toda a região centro.
Um cenário observado no contexto de uma população que não aumentou, envelheceu e perante um tecido empresarial fragilizado pela crise, "com um preocupante exército de 16 mil 622 desempregados registados", sublinha Vítor Pereira, subdelegado regional do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
No distrito de Castelo Branco, o Centro de Emprego da Covilhã liderava os índices de desemprego, com 5 mil 486 pessoas, face às 3 mil 297 na estrutura albicastrense e mil 116 na da Sertã. No gabinete covilhanense, durante a última década, o desemprego aumentou 93,6 por cento.
Trabalhadores da raia trabalham em Espanha na construção e serviços
Os números foram referidos por Vítor Pereira no âmbito da sua intervenção no seminário organizado pela União dos Sindicatos de Castelo Branco, em Penamacor, sobre "O Desenvolvimento Regional e a Desertificação Rural", em que falou da mobilidade de trabalhadores transfronteiriços, um "fenómeno de inegável importância económica, social, cultural e humana", salienta o subdelegado regional do IEFP.
Segundo Vítor Pereira, não há números que permitam dizer ao certo quantos trabalhadores raianos laboram do outro lado da fronteira. Se os portugueses que trabalham do lado espanhol, na região de Castela e Leão, vão sobretudo para os sectores da construção e dos serviços, quem faz o percurso inverso tem emprego nos distritos da Guarda e Castelo Branco na área da saúde e do ensino superior.

(Notícia completa na edição papel)