Aeródromo serviu de base, durante duas semanas, a exercício conjunto das Forças Armadas portuguesas.
Durante duas semanas, o Aeródromo da Covilhã serviu de base a um exercício conjunto das Forças Armadas portuguesas que contou com a participação de militares norte-americanos, belgas, ingleses e espanhóis, o Real Thaw 2011, com o objectivo de os preparar para missões internacionais que lhes venham a ser atribuídas.
Entre 28 de Março e 8 de Abril cerca de 100 elementos da força aérea, exército e marinha estiveram na Covilhã, para testar as suas capacidades e equipamento, numa operação que incidiu, para além da Covilhã, nas zonas de Penamacor, Seia, Monfortinho, Meimoa e Monte Real.
"É um exercício muito importante. Permite treinarmo-nos e prepararmo-nos para os desafios que poderemos ter de enfrentar", sublinhou o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, na visita da passada quarta-feira, 6, à Covilhã, depois de já ter passado por Seia, para assistir à simulação de mais uma operação de resgate.
"Este exercício prepara as nossas forças para operações de paz, para operações de evacuação de cidadãos em zonas de ameaça e operações de natureza humanitária", explicou o governante. A operação, em colaboração com países aliados, envolve todos os ramos das Forças Armadas.
"É um exercício concebido e realizado de forma a potenciar todos os recursos disponíveis. Isso é muito importante nesta altura, em que por motivo de contenção orçamental temos de ser o mais económicos nos recursos que utilizamos e o mais eficientes na forma como utilizamos esses recursos", acrescentou o ministro da Defesa.
Durante as duas semanas, em que o movimento nos céus da Covilhã foi mais intenso, foram criados cenários de perigo, com situações realistas, tanto de dia como durante a noite, em que as várias forças presentes pudessem intervir em colaboração e pôr em prática o treino táctico.
Santos Silva destacou a partilha de recursos, os exercícios combinados e acrescentou: "Aqui há forças dos três ramos envolvidas em operações muito concentradas que permitem por exemplo tratar de formação, instrução, qualificação e aprontamento de forças", acentua.
Aparato no Aeródromo
O ministro da Defesa referiu que a situação internacional actual se caracteriza pela emergência de ameaças não convencionais e de sistemas de segurança com que Portugal, ou no quadro da União Europeia ou das Nações Unidas, se pode ver confrontado, pelo que considera importante as forças armadas estarem convenientemente preparadas.
No mesmo avião de Santos Silva viajaram os responsáveis da marinha, exército, força aérea e os comandantes do exercício, que sublinharam a oportunidade de apenas em duas semanas lidarem com tantas situações e meios diferentes, de que no dia-a-dia os militares não dispõem.
"Esta oportunidade de trabalharmos em conjunto permite-nos chegar à conclusão que somos capazes. Isto é uma motivação e uma forma de nos tornarmos mais exigentes", acentuou o chefe do estado-maior general das Forças Armadas.
O Real Thaw realiza-se desde 2008, quando a Força Aérea dinamarquesa pediu para treinar na região, por não ter condições para o fazer durante o Inverno no seu País. Em três semanas os militares dinamarqueses fizeram 40 por cento das horas de treino planeadas para todo o ano e as características da região passaram a ser também aproveitadas pelas Forças Armadas portuguesas para treinarem situações de conflito, crises e protecção de cidadãos, em conjunto com países aliados.
Durante duas semanas, foi grande o aparato no Aeródromo da Covilhã, com as muitas aeronaves estacionadas, meios terrestres e as muitas tendas, equipadas com múltiplos recursos tecnológicos.
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
Forças / Covilhã / Armadas / Real / exercício / durante / semanas / serviu / base / força
Entidades
Augusto Santos Silva / Santos Silva / Forças Armadas / 8 de Abril / União Europeia
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