Jogo com Penamacorense não chega ao fim, quando estava 0-0.
Tem que se começar esta crónica pelo triste fim. Minuto 87. O jogo decorre, mas no chão, bem perto da zona de acesso ao balneário, Sérgio Garcia está no chão, lesionado. Terá sido agredido pelo avançado penamacorense Manoel. O árbitro da partida, Ângelo Correia, expulsa o avançado forasteiro, que ainda se pega com Valezim. E quando este se dirige para o balneário, o público da casa tenta tirar de esforço o comportamento do atleta. Corre-se para a manga de acesso ao balneário. Jogador, público, autoridades…toda a gente. Gera-se a confusão. Agressões ou não, há confusão. Esquivas, lateral esquerdo do Penamacor, também corre para lá de modo a ajudar Manoel. Depois, mais atletas vão atrás. Ângelo Correia apita imediatamente para o fim do jogo entre Atalaia e Penamacorense, aos 87 minutos, quando se registava um empate a zero. Após um encontro que estava a ser bom, intenso, emotivo, bem disputado e leal, o futebol revelou a sua pior face. O árbitro refugia-se no balneário e inclusive deixa os atletas no campo.
De facto, o jogo mais aguardado da ronda, no distrital, teve de tudo, menos golos. Emoção, oportunidades de parte a parte, expulsões, decisões controversas, mas acima de tudo muita dignidade e lealdade por parte de ambas as equipas, que se entregaram de peito aberto a uma partida em que o Penamacorense defendia a liderança e em que os da casa procuravam encurtar a distância que ainda é grande, de cinco pontos, sem contar com o facto do Penamacor ainda não ter folgado. Num campo de reduzidas dimensões, como é o da Atalaia, lutou-se mais do que se jogou. Mas lutou-se lealmente, de forma viril, mas sem maldade.

(Crónica completa na edição papel)

Autor
João Alves

Categoria
Secções › Desporto

Palavras-Chave
Penamacorense / Jogo / balneário / Atalaia / Manoel / Bronca / chão / Correia / chega / começar

Entidades
Penamacorense / Manoel / Ângelo Correia / Valezim / Penamacorense

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