Tulipa reclama seis reforços

2011-07-27

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Covilhã empata com Setúbal e perde com Gil Vicente.

O Sporting da Covilhã apresentou na passada quarta-feira, 20, à tarde, frente ao Vitória de Setúbal, os 24 jogadores com que inicia a época, embora, à partida, seja muito difícil que todos se mantenham no plantel, que segundo o técnico Tulipa ainda tem lacunas.
De facto, o onze que entrou em campo, apesar de ainda não estar completamente definido, poderá ser a base da equipa que entrará em campo já no próximo domingo, 31, no Complexo Desportivo, frente ao Santa Clara, na jornada inaugural da Taça da liga, onde os serranos estão envolvidos num grupo que tem ainda a Naval e o Arouca. Quanto aos elementos que, muitos deles, entraram no segundo tempo, apenas ou ou outro lutará por um lugar na equipa, havendo mesmo gente que estará na calha para uma possível dispensa, apesar de terem deixado boa imagem frente à equipa da Primeira Liga.
Num jogo que terminou com um nulo, a grande nota de destaque foi, sem dúvida, o avançado Pedro Ribeiro. Que mostrou estar completamente recuperado da grave lesão que há duas épocas contraiu nos serranos, quando estava emprestado pela Académica. No ano passado, o avançado ainda esteve nas cogitações dos leões, mas ainda não estava a 100 por cento, e esteve, por isso, no Pampilhosa. Mas na passada quarta-feira mostrou que o mau bocado já lá vai e, mexido na frente de ataque, foi sempre uma dor de cabeça para os centrais Tengarrinha e Ricardo Silva. Os serranos apresentaram um esquema de 1x4x2x3x1, em que Nuno Santos foi o guarda-redes, nas faixas laterais da defesa estiveram Dani na direita (boa exibição) e Joel na esquerda, na zona central Ricardo Rocha e Gegé, e na função de duplo pivot Milton e Filipe Fernandes. Uma base que não deverá escapar muito àquilo que será o início da época. Depois, lá na frente, mais incertezas. Gabi surgiu como "10", nas costas de Pedro Ribeiro, o único ponta-de-lança que era apoiado nas alas pelos dois costa-marfinenses Gui e Amian (teve bons pormenores). O Covilhã entrou bem, e sempre que levou perigo à baliza, o nome foi sempre o mesmo: Pedro Ribeiro. De todo o modo, não houve emoção num jogo disputado ainda em ritmo lento e em que, um centro remate de Michel, lateral do Setúbal, acabou por ser a bola mais próxima de uma baliza ao embater, sem haver intenção de golo, na trave da baliza de Nuno Santos.
No segundo tempo, com as muitas alterações efectuadas por Tulipa, o jogo perdeu interesse. De todo o modo, deu para ver um Zezinho "multifunções", que desempenhou sempre bem várias posições no terreno, um Andrezinho mais atrevido e acutilante, o estreante brasileiro Daniel Baía, o mais recente reforço, e miúdos vindos dos juniores, alguns bem nervosos, em que quem mais se destacou foi o central Sousa, apesar de algumas faltas cometidas.

Tulipa queria tudo resolvido

No final a partida, o técnico serrano, Tulipa, disse estar preocupado com as muitas carências que o plantel ainda tem, um assunto que "já devia estar resolvido". O técnico diz que precisa de "dois jogadores para a zona central do sector atacante, dois jogadores de corredor, um jogador atrás e mais um jogador no sector intermediário". O treinador diz que o Covilhã poderia este ano fazer "uma coisa interessante", mas que isso depende muito "do que conseguirmos em termos de plantel".
Quanto à Taça da Liga, que se aproxima, diz que tem de ser "um objectivo importante" mas nesta altura, "se calhar, iremos abordá-lo com algumas limitações". Lembrando porém que esta competição poderia ser "um veículo de conforto em termos financeiros". Tulipa, porém, diz estar "motivado" para trabalhar. "Acredito no que faço e nos jogadores que fomos buscar".
Já no sábado, o Covilhã perdeu por 1-0 com o Gil Vicente na Taça IMB. Tulipa apresentou praticamente o mesmo onze.