Aumentos na água criticados

2012-02-08

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Comunistas consideram acréscimos "brutais".

O PCP condena "de forma inequívoca" os novos aumentos na factura da água, que dizem acentuar o empobrecimento da população e são, "uma vez mais, o resultado da negociata da privatização".
Os comunistas realçam que tanto a factura de cinco metros cúbicos como a de dez metros cúbicos, "onde se situam a esmagadora maioria dos consumidores, registam aumentos acima de cinco por cento, bem acima da inflação prevista". A comissão política concelhia classifica ainda de "brutal" o aumento da tarifa fixa dos resíduos, na ordem dos 22,5 por cento.
Os novos valores das tarifas cobradas a quem tem captação própria, que sofreram um aumento de 44 por cento, são também censuradas pelo PCP, que considera as actuais taxas uma "perseguição a todas as formas de auto-abastecimento, visando forçar a sua inclusão no monopólio da empresa e do negócio".
"Estes aumentos são especialmente injustos num quadro em que a generalidade da população está a ser violentamente expropriada dos seus rendimentos", lamentam os comunistas, críticos sobre a actuação da Águas da Covilhã.
Já na reunião pública camarária de 20 de Janeiro Vítor Pereira, vereador socialista, tinha questionado a maioria sobre os aumentos na factura da água e pediu justificações sobre a discrepância das taxas cobradas a quem só utiliza a rede pública, que viu a factura aumentar 11 cêntimos o metro cúbico, a quem tem furos, e que foi confrontado com um aumento de 40 cêntimos.
Presente na reunião José Calmeiro, administrador da Águas da Covilhã, disse que as pessoas com captação própria representam um universo de cerca de 500 consumidores e disse tratar-se de "um problema de solidariedade".
Para o PCP "depois dos brutais aumentos verificados em 2010 e 2011, as taxas fixadas para 2012 são o reflexo do "insustentável preço da privatização", referindo-se à alienação de 49 por cento do capital dos antigos Serviços Municipais de Água e Saneamento.