Financiamento da barragem adiado sem explicações

2012-07-04

Versão em áudio disponível!

00:00 00:00

O ministro veio à Covilhã, mas a cerimónia foi cancelada pouco antes.

Por problemas de ordem técnica, a cerimónia de assinatura do contrato de financiamento para a construção da Barragem da Ribeira das Cortes foi cancela pelo Ministério da Economia e do Emprego, que não adiantou explicações para a decisão.

A rubrica do contrato estava marcada para a manhã da passada sexta-feira, 29, na Câmara Municipal da Covilhã e o ministro, Álvaro Santos Pereira, chegou a deslocar-se à cidade, na companhia do secretário de Estado Adjunto, António Almeida Henriques, mas duas horas antes da cerimónia, ela foi cancelada. "Hoje não havia condições para se poder avançar", disse o ministro, que prometeu informações sobre o processo "em breve". Apesar das insistências da comunicação social, nenhuma explicação foi adiantada.

Questionado sobre os motivos do cancelamento da formalização do contrato de financiamento, Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã recusou-se a fazer qualquer comentário sobre o assunto, remetendo qualquer explicação para a tutela.

Na semana passada os municípios que integram o Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Alto Zêzere e Côa (AZC), à excepção do Fundão, enviaram uma carta ao Ministério da Economia, com conhecimento do Ministério do Ambiente, a alertar que a anunciada assinatura do contrato de financiamento para a nova barragem viola os pressupostos do decreto-lei que criou o sistema. Os municípios em causa sublinham que a AZC tem a concessão, em exclusivo, da exploração e gestão e ameaçam com novas acções judiciais caso o processo avance nos moldes actuais. Álvaro Santos Pereira preferiu não responder se o cancelamento da cerimónia está relacionado com essa missiva.

(Mais informação na edição em papel)