Homens que trabalham na construção do centro de dados da PT.
Mais uma vez (a segunda em cerca de três semanas, depois da atribulada vista do ministro da Economia), a Covilhã voltou a ser notícia em tudo quanto foi televisão e rádios nacionais, no final da semana passada. Tudo isto depois do Jornal do Fundão ter publicado uma notícia que dava conta de que cerca de 50 trabalhadores que estão a construir o centro de dados da PT, no antigo aeródromo, estariam em condições deploráveis, desumanadas, albergados num antigo armazém do Parque Industrial do Tortosendo.
A história, que surgiu na edição online do JF, na quarta-feira passada, contava que cerca de 50 trabalhadores viviam num armazém inacabado sem quaisquer condições de habitabilidade. Os operários, armadores de ferro, naturais de países africanos e afrodescendentes, apontavam o dedo à empresa Açomonta, que ali os teria colocado desde meados de Maio, apesar das queixas. O espaço estava ocupado com camas de aspeto degradado, a par com antigas máquinas e outros resíduos. Ao lado das camas havia frigoríficos e fogões ligados a botijas de gás, em cima de mesas improvisadas com tijolos e tábuas. Não havia arrumações: as roupas e bens pessoais estavam espalhados pelo chão, com sujidade, e parte do piso nem sequer estava acabado, havendo apenas cimento em tosco. Havia uma única casa de banho, ligada a um furo, com água fria para o banho, quando a havia, e no redor muito mato que era utilizado como instalações sanitárias, perante a ausência das mesmas. O responsável comercial da Açomonta, António Reboucho, dizia ao mesmo jornal que a firma era "alheia à situação" e garantia que a empresa, depois de saber do sucedido, iria realizar "todos os esforços para alojar as pessoas em casas".
Ora, na passada sexta-feira, os operários começaram a ser realojados. Um processo liderado pelo consórcio Somague/Opway (a quem a obra foi adjudicada, mas que entregou a subempreitada), elogiado pelo presidente do Sindicato da Construção de Portugal, Albano Ribeiro, que nesse mesmo dia, em conferência de imprensa, em frente à obra. O responsável elogiou a resposta do consórcio, com quem diz nunca ter tido problemas, e defendeu a expulsão do subempreiteiro que terá alojado em condições precárias os trabalhadores. O sindicato prometeu estar vigilante no futuro.
(Mais informação na edição papel)
Autor
Notícias da Covilhã
Palavras-Chave
Economia / cerca / Homens / Covilhã / dados / condições / centro / havia / passada / trabalhadores
Entidades
António Reboucho / Albano Ribeiro / Trabalhores / PT / JF
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