No caso dos operários alojados em más condições.
A Autoridade para as Condições de Trabalho deverá multar sete empresas das obras do centro de dados da Portugal Telecom, na Covilhã, por terem alojado operários num pavilhão sem condições de habitabilidade, disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo.
Cerca de 50 armadores de ferro estiveram alojados entre maio e julho num pavilhão da zona industrial do Tortosendo, a aproximadamente sete quilómetros da obra, sem água, muitas vezes sem eletricidade e sem condições sanitárias.
O caso foi denunciado há um mês pelo Jornal do Fundão e os trabalhadores foram realojados em apartamentos, dias depois.
Segundo explicou à agência Lusa uma fonte ligada ao processo, a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) "prevê concluir o processo de contraordenacional no final de agosto e deverá multar sete empresas" que tinham trabalhadores no pavilhão.
As firmas não cumpriram a lei no que respeita às "condições sociais de instalação dos trabalhadores em obra", dado que no pavilhão não havia "condições adequadas" para alojamento, nem instalações sanitárias ou refeitório, acrescentou.
Uma delas é a Constriaço, empresa que "celebrou o contrato de arrendamento do pavilhão" e que terá dividido o espaço para outras colocarem os trabalhadores, explicou à agência Lusa, Luís Ferreira, representante do consórcio Opway/Somague responsável pela construção do centro de dados.
Aquela firma e, pelo menos, uma outra, já saíram da obra, acrescentou, referindo que as irregularidades no alojamento terão sido a gota de água que resultou numa má avaliação de desempenho das empresas.
Luís Ferreira garante que as alterações decorreram "sem prejudicar os trabalhadores", ou seja, "quem quis continuou na obra", trabalhando para outras empresas que já ali estavam ao serviço da Açomonta", a firma subcontratada para construir as armaduras em ferro dos edifícios.
O centro de dados da Portugal Telecom tem inauguração prevista até final do ano e será um dos maiores do mundo, funcionando como uma "caixa-forte" de dados informáticos de empresas a nível global.
De acordo com Luís Ferreira, os trabalhos decorrem de acordo com os prazos e condições contratadas.
Apesar das tentativas, a agência Lusa não conseguiu contactar a empresa Constriaço.
Autor
Lusa
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Actualidade
Palavras-Chave
condições / Lusa / Covilhã / empresas / pavilhão / operários / trabalhadores / dados / ACT / Autoridade
Entidades
Luís Ferreira / Autoridade para as Condições de Trabalho / Portugal Telecom / Lusa / ACT
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