NEWSLETTER MEDIA
O Arquivo Web do Notícias da Covilhã. Explore o passado deste jornal centenário
O Arquivo Web do Notícias da Covilhã. Explore o passado deste jornal centenário O Arquivo Web do Notícias da Covilhã.
Explore o passado deste jornal centenário

No início de mais um ano lectivo

2012-09-12

00:00    00:00

Há algumas novidades...

Há algumas novidades no início do presente ano lectivo. As turmas são maiores, há mais professores no desemprego, existe a intenção de tornar obrigatório o ensino profissional a partir de um certo número de reprovações e numa idade muito precoce…

Vale a pena, então, voltar a reflectir sobre o que pretendemos para a política da Educação. Daí que me pareçam particularmente estimulantes dois apontamentos surgidos recentemente na imprensa.

O primeiro tem a ver com o valioso contributo para o debate sobre o ensino público que Joaquim Azevedo escreveu no jornal Público de 2 de Setembro (A educação em contraciclo). Defende Azevedo que é necessário criar nas escolas as condições para que os alunos que concluíram o 9º ano de escolaridade sejam bem recebidos e acolhidos no nível secundário. "Todavia, este caminho não será seguido se: limitarmos drasticamente as opções que os alunos podem realizar, sobretudo as vias profissionais e artísticas; se reforçarmos a selectividade, em vez de proporcionarmos a formação e promoção de todos os alunos, sem excepção, gerando as alternativas curriculares que as escolas puderem e souberem construir (melhorando sempre as trajectórias, com o apoio dos pais, das autarquias, dos actores locais); se considerarmos que sem um apoio selectivo aos alunos com maiores dificuldades de aprendizagem se obterão bons resultados". Defende-se ainda que, neste momento, num contexto de crise, de escassez de recursos e de aumento da pobreza e das desigualdades, a política pública de Educação deveria seguir em contraciclo.

O segundo respeita à abertura do centésimo banco de troca de manuais e ao desafio do fundador do Movimento pela Reutilização dos livros escolares para que o governo faça desta troca uma atitude normal, com impacto no ambiente e na economia das famílias. Graças ao trabalho dos muitos voluntários, que oferecem e recolhem os manuais, pode-se dizer que este Movimento tem tido sucesso, importando agora que o recurso aos livros usados não seja apenas para ajudar as famílias pobres, o que as estigmatiza, mas constitua um passo na luta contra o desperdício e a insustentabilidade ambiental.



Autor
Maria Eduarda Ribeiro

Categoria
Opinião

Palavras-Chave
alunos / Educação / início / lectivo / novidades / Azevedo / Movimento / público / ensino / contraciclo

Entidades
Joaquim Azevedo / Movimento pela Reutilização dos livros escolares para / Movimento / Vale / Educação

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
→ Ver Original

partilhe!

veja também

Natal de esperança em tempos de crise

Na tradicional Mensagem de Natal, D.Manuel afirma que na origem da actual crise económica estão "jog...

Bispo quer sacrifícios bem explicados

D.Manuel aborda actual situação do País na homilia do segundo domingo da Quaresma...

VOLTAR À PÁGINA INICIAL