Segunda derrota consecutiva, desta vez em casa, com o Penafiel. E apenas dois pontos em quatro jornadas.
As exibições da equipa criaram legítimas expectativas, mas à quarta jornada o Sporting da Covilhã soma apenas dois pontos, resultantes de dois empates e duas derrotas. Quarta-feira, frente ao Sporting B, os serranos marcaram primeiro e estiveram em bom plano, mas acabaram derrotados e em inferioridade numérica, resultado das expulsões de Tarcísio e João Rodrigues. No último domingo, em casa, com o Penafiel, os Leões da Serra aliaram um mau resultado ao pior desempenho da época, que o treinador admitiu como tal.
Os serranos até entraram bem na partida, mais pressionantes, a fazer circular melhor a bola e podiam ter marcado, mas um atraso infantil de Ricardo Rocha deu origem ao golo do Penafiel, aos 35 minutos. Dois minutos depois Fabrício é empurrado pelas costas por Ervões dentro da área, mas a equipa de arbitragem não assinalou a grande penalidade e o Sporting da Covilhã perdeu o rumo, para não mais se encontrar.
Jogo com o Sporting B deixou marcas
Filipe Moreira assumiu toda a responsabilidade e justificou a pálida exibição com a ansiedade com que os jogadores entraram em campo, depois da partida de quatro dias antes, com o Sporting. Um encontro no qual Tarcísio (gesto obsceno) e João Rodrigues (entrada dura) perderam o discernimento e acabaram por prejudicar o colectivo, mas em que o treinador considera que a equipa levou a cabo "um massacre táctico e de circulação de bola".
Os leões de Lisboa empataram ainda no primeiro tempo. No reatamento os serranos não baixaram os braços e criaram algumas ocasiões de golo, mas viram Rubio sentenciar a partida aos 83 minutos. Ainda antes do apito final um remate de Pimenta levava selo de golo, mas Vítor Golas, o melhor em campo, voltou a negar o golo ao Sporting da Covilhã.
Filipe Moreira disse que o grupo estava "magoado" por novamente não ter conseguido um resultado em conformidade com a exibição, mas dizia que a qualidade evidenciada lhe dava tranquilidade e o fazia acreditar que as vitórias iriam surgir naturalmente. Não foi o que aconteceu com o Penafiel.
Incapaz de reagir e ausente na segunda parte
Fabrício, por três vezes, esteve perto do golo, mas foi a fífia de Ricardo Rocha, "uma prenda de natal", nas palavras do treinador, que permitiu ao adversário abrir o activo. Quando, à vontade, podia ter deixado a bola sair pela linha lateral, optou por um atraso, que saiu frouxo, a Jorge Batista. Mbala interceptou a bola e só teve de servir Robson.
Na etapa complementar os serranos, sem ideias, incapazes de reagir, foram encostados às cordas. Logo a abrir o Penafiel podia ter aumentado a contagem, mas as intervenções eficazes do guardião evitaram a marcha no marcador. Sempre dominantes, os forasteiros ainda atiraram à trave, por Rafa. Só aos 81 minutos o Covilhã esboçou uma resposta, mas o cabeceamento de Fabrício saiu a rasar o poste.
Miguel Leal, treinador do Penafiel, considerou a vitória justa, por a sua equipa ter criado mais oportunidades e ter conseguido aproveitar o "lapso defensivo" do Covilhã.
Para Filipe Moreira as incidências do jogo anterior foram transportadas para a partida com o Penafiel e isso fez os jogadores ficar ansiosos, mas notou que a equipa tem mostrado qualidade e dado indicadores de confiança. "A equipa não teve a alma que costuma. É o jogo menos conseguido no período que aqui estou", reconheceu. No domingo o adversário é o Atlético, novamente em casa.
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
Sporting / Penafiel / Covilhã / Serranos / equipa / golo / Moreira / casa / bola / partida
Entidades
Tarcísio / João Rodrigues / Ricardo Rocha / Fabrício / Filipe Moreira
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