Covilhã esteve a vencer o Leixões por 2-0, mas deixou-se empatar.
Corria o minuto 51 quando Dani Coelho tocou a bola com a mão dentro da área, numa altura em que o Sporting da Covilhã vencia com os dois golos de vantagem marcados na primeira parte. Cosme Machado deixou jogar e só quando a bola se perdeu, com um remate por cima, assinalou a grande penalidade que viria a permitir aos forasteiros reduzir. Nos penáltis não há lei da vantagem. É elementar. O árbitro de Braga deu a sensação de ter agido a pedido e a partir desse momento notou-se o nervosismo na partida, que culminou com a expulsão do impetuoso Pimenta e o empate do Leixões, ao cair do pano.
Aos Leões da Serra faltou frieza para conseguir ter a posse de bola e gerir o resultado. Faltou controlo emocional a alguns jogadores numa altura em que a equipa precisava de concentração, e não de ficar a jogar em inferioridade numérica. Em suma, faltou cabeça e também alguma sorte nas situações em que o Covilhã podia ter dilatado o marcador, mas teve pela frente um Fonseca imperial.
Com este resultado os serranos continuam sem vencer este ano, mas não se pode acusar a equipa de não ter feito o suficiente para justificar os três pontos. Fez um dos melhores jogos em casa da temporada. Teve iniciativa, criou oportunidades e a espaços conseguiu imprimir velocidade ao jogo, embora continue a ser notória alguma lentidão na progressão em lances que poderiam ter outro desfecho.
Fofana e Chula em bom plano
Ao intervalo o Sporting da Covilhã já tinha facturado duas vezes e a diferença no marcador justificava-se plenamente. Logo no primeiro minuto Gegé, na sequência de um canto, obrigou Fonseca a defesa esforçada para evitar a entrada da bola e pouco depois o guardião leixonense voltou a tirar providencialmente o esférico da cabeça de Aníbal.
A rondar constantemente a baliza forasteira, muito por acção dos dois extremos, Fofana e Chula, foi com naturalidade que o Sporting da Covilhã chegou o golo ao minuto 13. Em resposta a um cruzamento de Dani Coelho, Fofana inaugurou o marcador de cabeça.
Joel e Ídris também fizeram pontaria à baliza e aos 40 minutos foi o Leixões a subir à área serrana, mas Gegé deviou a bola de Jumisse. Aos 42 minutos, Chula, com um bom trabalho na direita, tirou os adversários da frente e fez o cruzamento para a pequena área, onde Dominic cebeceou para o segundo golo.
Penálti marcou reviravolta
Se na primeira metade se viu um Leixões apático, discreto, incapaz de fazer as transições para o ataque, no período complementar o emblema de Matosinhos, que antes da última jornada trocou de treinador, surgiu transfigurado. Mais dinâmico, mais veloz, a trocar melhor a bola. Aos 51 minutos, a subida no terreno deu frutos, quando Cosme Machado assinalou a grande penalidade convertida por Paulo Tavares.
Mas o fulgor do Leixões não foi duradouro. As equipas acabaram por nivelar-se e registaram-se remates de parte a parte, embora sem ocasiões flagrantes. As excepções foi o lance em que Fofana, sozinho na área, atirou por cima aos 67 minutos e pouco depois Gabi, de longe, obrigou Fonseca a parar o remate com os punhos.
Ao minuto 77 Pimenta, em campo há apenas dez minutos e já com um amarelo não merecido, foi expulso, devido a uma entrada feia. A partir daqui Tulipa abdicou da consistência dada por Gabi no miolo para suster as ofensivas laterais. Aos 89 minutos a turma de Horácio Gonçalves chegou ao empate, por Hernâni, que aproveitou as facilidades da defesa serrana.
Autor
Ana Ribeiro Rodrigues
Palavras-Chave
Covilhã / Leixões / bola / minutos / mão / Corria / Fofana / minuto / Sporting / Fonseca
Entidades
Dani Coelho / Cosme Machado / Pimenta / Fonseca / Fofana
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