Covilhã volta a perder

2012-01-24

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Em casa, frente ao Estoril.

Frente ao líder Estoril o Sporting da Covilhã foi quem criou as melhores oportunidades de golo, mas a falta de eficácia ditou a segunda derrota consecutiva dos serranos que se bateram de igual para igual. A diferença esteve no talento dos homens da frente. Os Leões da Serra estiveram mais vezes à beira do golo, em situações flagrantes, mas faltou poder de concretização, problema com que a equipa se tem deparado e faz dela o pior ataque da Liga de Honra. Já os canarinhos evidenciaram a qualidade individual dos avançados. Licá, quando espreitou a oportunidade, aproveitou-a e com um toque de classe fez o golo da vitória aos 54 minutos.
O Estoril, pressionado pela vitória do segundo, entrou em campo mais pressionante, durante o primeiro quarto de hora jogou com intensidade e foi a primeira equipa a criar perigo, aos dois minutos, por Gerso, que atirou a rasar o poste. A resposta surgiu segundos depois. André Sousa, no coração da área, com espaço, pareceu não acreditar na oferta da defensiva forasteira, atrapalhou-se e desperdiçou a oportunidade de inaugurar o marcador.
Diogo Amado e o ex-serrano Steven Vitória, quando os visitantes apostavam na pressão alta, tentaram acertar na baliza defendida por Nuno Santos. Aos 12 minutos o Sporting da Covilhã voltou a ser perdulário. Em zona frontal Filipe Fernandes, que ganhou a bola e lançou o contra-ataque, permitiu a defesa de Vagner. Na recarga faltou técnica a Dominic para meter o esférico por cima do guardião.
João Coimbra e Tiago Gomes também ensaiaram remates com perigo. Do lado serrano foi Gabi a assustar, sem consequências. Em cima do intervalo o esforçado Dominic podia ter-se isolado, mas hesitou e a bola perdeu-se.
Dominic atirou fora igualdade
O segundo tempo começou animado, com os dois emblemas a atacar. Só que foi o Estoril a chegar ao golo aos 54 minutos. Licá ganhou a bola no corredor direito, Fofana não teve pernas para o acompanhar e o estorilista bateu Nuno Santos com um toque subtil que desviou o esférico do guardião.
Ao minuto 66 valeu a intervenção de Nuno Santos para evitar a dilatação do marcador, ao opor-se com uma palmada a um chapéu de Adilson, na grande oportunidade não concretizada pelo Estoril.
Um minuto depois Dominic, a poucos metros da linha de golo, com o guarda-redes canarinho no chão, fez o mais difícil: atirou ao lado, noutra perdida incrível que acabou por se revelar determinante para o desfecho da partida.
Tulipa, com poucas opções no plantel, jogadores lesionados e Zezinho e Joel vindos de paragens prolongadas, o que obrigou a mexidas e adaptações na equipa, tirou o apagado André Sousa aos 58 minutos para meter o lateral Zezinho no corredor direito, mas sete minutos depois o jogador acabou por sair após um choque aparatoso com Gerso.
O treinador ainda arriscou ao fazer entrar Pedro Ribeiro, mas o Estoril resguardou-se, recuou no terreno e procurou gerir a posse de bola para defender o resultado. O emblema serrano mostrou-se rematador, mas faltou-lhe uma referência no ataque com instinto matador.
Aos minutos 80 e 81 Aníbal Capela e depois Fofana ainda tentaram acertar na baliza, mas atiraram à figura, sem perigo. Sem um futebol que se possa considerar vistoso, o Estoril reforçou na Covilhã a liderança do campeonato perante uma equipa também organizada, mas que cometeu um erro defensivo, foi punida por isso e não soube aproveitar as oportunidades criadas.
No final da partida Marco Silva disse ter-se apresentado na Covilhã preparado para defrontar uma equipa muito bem organizada defensivamente, mas sublinha que desde o primeiro minuto quiseram ganhar, considerou que "o jogo esteve sempre controlado" e aludiu a uma "vitória justa".
"Pareceu-me uma derrota muito ingrata para aquilo que fizemos", referiu Tulipa, que frisou o "lance chave" aos três minutos, quando André Sousa podia ter posto os serranos em vantagem. Para o técnico a derrota foi "injusta".