Aeroporto sem asas para andar

2012-12-05

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João Esgalhado diz que não há condições para a obra avançar.

O aeroporto da Covilhã "neste momento não tem condições de exequibilidade de implementação", considera João Esgalhado, vereador até este ano responsável pelo processo.
Em conferência de imprensa na semana passada, onde explicou porque se incompatibilizou com o presidente do município, João Esgalhado disse ser necessária uma "decisão política" para fazer avançar o dossier, que se encontra "parado" por decisão de Carlos Pinto.
Em Setembro o presidente da autarquia garantiu até ao final do mandato deixar o aeroporto "completamente licenciado" para, assim que houver financiamento, se abra concurso para a obra. Questionado sobre a análise de João Esgalhado, Carlos Pinto recusou-se a comentar, aludindo à validade da informação prestada na Assembleia Municipal de há dois meses.
João Esgalhado diz ter renegociado, de acordo com as orientações do presidente, o contrato anteriormente assinado para a elaboração do projecto, que rondava o meio milhão de euros e se situa agora em metade do valor. Segundo o vereador "o processo de conclusão do contrato aguarda notificação ao consórcio adjudicatário, relativamente à disponibilidade financeira para prosseguir".
Esgalhado adianta ter entregue ao presidente o relatório de proprietários envolvidos, para que ele próprio promovesse a negociação. Mas o vereador receia que o projecto em causa seja insuficiente para permitir "a execução de qualquer intervenção", por em conversas com o Instituto Nacional de Aviação Civil lhe ter sido referido que é necessário o investimento ser fundamentado com um estudo de viabilidade económica e financeira, que implicará mais despesa. Uma análise cuja contratação "não foi decidida e deliberada".
Carlos Pinto estranhou ser questionado nesta altura sobre esta matéria, por o seu mandato só terminar em Outubro do próximo ano.