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Passivo de 250 mil euros no Académico

2012-10-03

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Nova direcção eleita nos Penedos Altos.

Renegociar o empréstimo contraído para a construção da sede e desenvolver actividades que atraiam gente à colectividade são as prioridades da nova direcção do Académico dos Penedos Altos, eleita na noite da passada sexta-feira, 28, numa assembleia em que as contas não foram apresentadas por Carlos Silva, presidente da agremiação nos últimos 14 anos.

Apesar de não haver dados oficiais, Miguel Rebelo, presidente da nova direcção, estima que o passivo do Académico dos Penedos Altos ronde os 250 mil euros, 180 mil relativos ao empréstimo da sede e o restante a particulares, que emprestaram dinheiro para as obras e nunca foram ressarcidos.

O edifício foi construído com recurso a um empréstimo feito junto da Caixa Agrícola. Um protocolo assinado com a Câmara Municipal da Covilhã estipulava que o clube pagasse os juros e a autarquia amortizasse a dívida, "mas porque o Académico estava em dificuldades, esses juros nunca foram pagos", informa Miguel Rebelo, o único elemento dos actuais órgãos sociais a transitar da anterior equipa, na qual ocupava a vice-presidência.

"O Académico estava em risco"
O novo presidente reconhece que não é o procedimento habitual uma direcção cessar funções sem apresentar contas, mas frisa que o anterior presidente se comprometeu a fazê-lo na próxima assembleia geral, a 23 de Novembro. "Nós aceitámos avançar nestas condições porque o Académico estava em risco de fechar nos próximos dias, porque já não havia renegociação com ninguém", adianta Miguel Rebelo.

Uma das primeiras diligências é pedir uma reunião com a Câmara Municipal, para saber com que apoios o clube pode contar. "Já falei com o vereador a informar que estávamos a formar lista e ele mostrou-se disponível para ajudar", realça o presidente. "Estou convencido que a câmara nos vai ajudar", acrescenta.

Contas apresentadas na próxima assembleia-geral
Também na próxima reunião magna será apresentado um plano de actividades com iniciativas que não representem despesa para a colectividade. "Neste momento o Académico não tem actividades", reconhece Miguel Rebelo, cuja equipa vai apontar baterias de imediato para retomar as aulas de ginástica e organizar torneios de snooker e sueca.

Para gerar receitas de imediato começaram esta semana a ser feitas rifas e vão ser ponderadas outras iniciativas que levem mais gente à sede, embora o presidente note que no actual contexto de crise financeira as pessoas tendem a ficar mais em casa.

"É um bocado triste olhar para o Académico neste momento e vê-lo como ele está", lamenta Miguel Rebelo, para quem foi o anterior presidente que "deixou a casa chegar a estes pontos". Questionado sobre o seu papel, enquanto membro da direcção cessante, disse nem sempre ter estado presente e fez referência a divergências de opinião que existiam no que tocava à condução dos destinos da colectividade. "Não achava que as políticas seguidas fossem as mais correctas", sublinhou. Agora, vinca, é hora de trabalhar para voltar a dar vitalidade à colectividade que conta com 700 sócios.

Dos 15 elementos que compõem os órgãos sociais, 14 são novos nestas andanças. Filipe Antunes preside à Mesa da Assembleia Geral, acompanhado de José Pinto e Eugénio Gato. O Conselho Fiscal é liderado por Carlos Costa. Álvaro Silva é o novo vice-presidente do clube, João Brás o tesoureiro e Alexandre Silva o secretário.





Autor
Ana Ribeiro Rodrigues

Categoria
Local Covilhã

Palavras-Chave
Académico / Penedos / Altos / Rebelo / Miguel / presidente / direcção / eleita / Renegociar / sede

Entidades
Carlos Silva / Miguel Rebelo / Filipe Antunes / José Pinto / Eugénio Gato

Artigo Preservado pelo Arquivo.pt
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